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O filme brasileiro ‘Ainda Estou Aqui’ (2024), dirigido por Walter Salles, vai ganhar o Oscar na categoria ‘Melhor Filme Internacional’, segundo as apostas finais das revistas especializadas The Variety e The Hollywood Reporter. A vitória, se concretizada, será um marco emblemático na história da indústria audiovisual nacional, consagrando a qualidade da obra produzida no Brasil mediante o contexto mundial.
Ambos os veículos de comunicação citam, categoria por categoria, quem provavelmente vai ganhar e quem deveria ganhar os prêmios. Na seção, ‘Melhor Filme Internacional’, ‘Ainda Estou Aqui’ é mencionado como o vencedor e também é classificado com a aba ‘deveria ganhar’, tanto na The Variety quanto na The Hollywood Reporter — isso demonstra o prestígio do filme entre os membros da Academia e a imprensa internacional.
A publicação do The Hollywood Reporter contextualiza que o principal concorrente do Brasil, o musical francês ‘Emilia Pérez’, conquistou títulos durante toda a temporada de premiações, seja no Globo de Ouro, Critics Choice e BAFTA, mas, desde o anúncio das indicações ao Oscar, Emilia perdeu apoio devido às polêmicas envolvendo a estrela Karla Sofía Gascón, enquanto ‘Ainda Estou Aqui’ ganhou notoriedade e aclamação (conforme mais eleitores se aproximaram do filme).
"Escalando Fernanda Torres como uma mulher que se recusa a ser quebrada por perdas devastadoras e desumanidade, esta emocionante história real, ambientada no cenário da ditadura, fornece um link direto para Central do Brasil , estrelado pela mãe de Torres, Fernanda Montenegro. Com a ascensão global do autoritarismo, o novo filme é um grito de coração urgente", elogia o crítico David Rooney, do The Hollywood Reporter.
As previsões apostam em ‘Anora’, do cineasta norte-americano Sean Baker, como campeão do maior prêmio da noite (melhor filme). Para a The Variety, porém, os produtores de ‘Ainda Estou Aqui’ é quem deveriam levar para casa o prêmio principal. Já para a The Hollywood Reporter, o vencedor deveria ser ‘O Brutalista’.
Fernanda Torres deve perder o prêmio para Demi Moore, protagonista do terror ‘A Substância’. A The Hollywood Reporter explica que a provável vitória de Demi significará o reconhecimento de uma estrela frequentemente esquecida ao decorrer da sua carreira de quatro décadas.
A disputa de melhor atriz, especificamente, está bastante acirrada. Isso principalmente entre Demi e Mikey Medison. Mas não significa que as chances de Torres são nulas. Segundo o repórter Kyle Buchanan, do The New York Times, Fernanda é quem vence como melhor atriz, discordando das previsões das revistas de Hollywood.
"Ser a última concorrente a ser vista vale a pena, e ela tem recebido muitos votos de membros da Academia que agora estão conhecendo seu filme. Com a disputa tão acirrada entre Moore e Madison, me pergunto se os votantes não ficarão tentados a escolher Torres como uma alternativa de terceiro partido", observa. "Ainda assim, qualquer uma dessas mulheres pode vencer."
A The Hollywood Reporter explica que, embora as atrizes em filmes de língua não inglesa sejam laureadas durante a cerimônia, "a performance de vontade férrea de Fernanda Torres surge com resistência desafiadora". Na história do Oscar, são raríssimas as ocasiões em que filmes e atores de outros países fora dos Estados Unidos conquistaram os prêmios mais prestigiados, mas não é impossível.
A produção sul-coreana Parasita (2020) é a única produção internacional a conquistar o prêmio de ‘Melhor Filme Internacional’. Além do prêmio principal, a produção ganhou as estatuetas de roteiro original, direção e filme internacional.
Redação Catve.com
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