SESA
Foto: SESA-PR
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a importância dos cuidados e da vacinação da população para a febre amarela, considerando a Nota Técnica conjunta Nº 27/2025, emitida pelo Ministério da Saúde, que informa o aumento da transmissão da febre amarela nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. A nota, encaminhada às Secretarias de Saúde, destaca que o período sazonal da doença vai de dezembro a maio e recomenda a intensificação das ações de vigilância e de imunização nas áreas consideradas de risco.
Com a proximidade do Carnaval e de outros feriados, é fundamental que as pessoas que planejam se deslocar para áreas com registro de transmissão de febre amarela ou para áreas rurais e de mata verifiquem a carteira de vacinação e, caso ainda não estejam vacinadas contra a doença, procurem as Unidades de Saúde com pelo menos dez dias de antecedência para se vacinarem, evitando a exposição a áreas e situações de risco sem proteção.
Atualmente no Paraná existem 20 casos humanos notificados, e destes, 14 foram descartados e seis estão em investigação. O último caso autóctone de febre amarela foi em 2019. Em 2022 foi confirmado um caso humano importado, com Local Provável de Infecção (LPI) o estado de Tocantins (TO), que evoluiu para cura.
EPIZOOTIA
No período sazonal, com a elevada temperatura e altos índices pluviométricos, tem-se um aumento da densidade vetorial e replicação viral, favorecendo o adoecimento ou morte de primatas não humanos (PNH). Além disso, fatores como redução das notificações em PNH e baixas coberturas vacinais em humanos podem contribuir para um aumento do número de casos nesse período.
A vigilância de epizootias em PNH consiste essencialmente em captar informações sobre adoecimento ou morte de PNH e investigar adequadamente esses eventos, com a finalidade de subsidiar a tomada de decisão para a adoção de medidas de prevenção e de controle, reduzindo assim o número de casos humanos.
De acordo com informações da Vigilância Ambiental da Sesa, até o momento não há epizootias confirmadas no Paraná para febre amarela durante o período epidemiológico 2024-2025. A última epizootia confirmada no Estado ocorreu no município Fernandes Pinheiro, período epidemiológico 2022-2023.
VACINA
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, o verão é o período de maior ocorrência de doenças transmitidas por mosquitos, como a febre amarela. Mesmo sem casos humanos ou epizootias ressalta a necessidade de se receber a dose da vacina contra a doença, que está disponível em toda a rede de saúde.
"A vacina é a forma mais eficaz de se proteger contra a doença. Desde 2018, todos os municípios do Estado passaram a ser área com recomendação vacinal contra a febre amarela, por isso nossa recomendação de fazer essa atualização", afirmou. A vacina está disponível nas unidades de saúde de todo Estado. Quem tem entre 9 meses de idade e 59 anos e nunca tomou uma dose deve se vacinar
DOENÇA
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. A doença é causada por um vírus transmitido por mosquitos, e possui dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre). No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos predominantemente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes.
Os sintomas são febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dor no corpo, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. Possui rápida evolução, onde cerca de 10% dos casos, evolui para formas graves com icterícia (amarelão da pele), dor abdominal intensa, sangramentos no sistema digestivo (vômitos ou fezes com sangue), pele ou urina e falência renal. Por isso a importância de identificar a doença precocemente para realizar os cuidados médicos necessários.
Agência Estadual de Notícias
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