Hip-hop promove intercâmbio cultural e conecta arte urbana à sustentabilidade em Cascavel

O hip-hop é um movimento cultural urbano que ultrapassa fronteiras e conecta grupos de dezenas de países, unindo quatro elementos artísticos: breakdance, rappers, DJs e o graffiti. Esses ingredientes estiveram presentes e incrementaram o projeto "Além da Arte: Graffiti e Sustentabilidade", promovido em Cascavel, no oeste do Paraná, neste sábado (9).

O evento ocorreu na sede da Secretaria de Cidadania, Proteção e Políticas sobre Drogas (Sesd), na rua Martin Afonso de Souza, 590, no bairro Pacaembu. No domingo (10), as atividades começam às 16h.

"O evento que aconteceu aqui em Cascavel é internacional. São artistas do Paraguai, de várias localidades do mundo e do Brasil inteiro. Eles estão em uma irmandade se ajudando e auxiliando. Um empresta a escada para o outro. Um ajuda no desenho do outro. É muito interessante", afirma o secretário da Sesd, Rafael Tortato.

"O graffiti tem sido uma ferramenta de comunicação com a nova geração. [...] Através da arte nós conseguimos dar um destino para essa galera, trazer luz, fazer eles sonharem e ter um estilo de vida", complementa o presidente da Associação Cultural Além da Arte, Carlos Zornitta.

O principal objetivo do projeto "Além da Arte: Graffiti e Sustentabilidade" é conectar os moradores com a arte urbana e a sustentabilidade. Esse é justamente um dos pilares do Hip-Hop: capturar a realidade das ruas, os desafios da vida, os sonhos e os medos da sociedade para o futuro, externalizando múltiplas perspectivas e ampliando vozes dos becos para os microfones.

Edifícios importantes da cidade cederam o cinza de suas paredes para as cores vibrantes do graffiti. No Centro Cultural Gilberto Mayer, o artista mineiro Luis World coloriu o painel com a obra que representa a gralha azul, ave que, segundo a lenda, é responsável pela árvore símbolo do Paraná: a Araucária.

"O graffiti tem muito essa vertente de conectar os artistas, as vivências dos artistas de cada lugar. Existem esses encontros que são sempre em locais diversos", afirma o grafiteiro Luis World em entrevista ao Portal Catve.com.

O paraguaio Inad Daniel Martinez elogia a troca de experiências e conhecimento entre artistas de países distintos: "Você aprende muitas técnicas que, de repente, em outros lugares não havia. Conhecer ajuda muito também." finaliza.

Redação Catve.com