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Previsto para novembro, Condomínio Ecoparque ainda não saiu do papel

Projeto promete construção de mais de 4 mil apartamentos


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O polêmico projeto do condomínio Ecoparque, localizado no bairro Santos Dumont, foi anunciado com pompas ano passado com a promessa de ser entregue em novembro, mês do aniversário de Cascavel.

Mas entre a teoria e a prática, a distância está bem grande e o prazo não vai se cumprir. Dessa forma, as primeiras 240 unidades previstas para mês que vem, ficarão para 2025.

A proposta da empresa é de uma construção rápida e automatizada dos prédios para produção em escala industrial de condomínios completos, por meio de todos esses equipamentos. As estruturas são pré-moldadas e essas são paredes dos edifícios que serão encaixadas.

Além da estrutura da Fábrica de Prédios que foi inaugurada em fevereiro deste ano, na prática, até agora só existem a maquete dos prédios de 15 andares e oito apartamentos por andar; e o show room, com os apartamentos modelos de dois quartos, com e sem suíte, sala, cozinha, lavanderia e sacada.

Nenhum prédio foi erguido e nenhum foi vendido. E não foi só a data da entrega que mudou, o número de apartamentos inicialmente previstos também, eram 11 mil e depois foi reduzido para 4.600.

A execução do projeto exigiu o aumento do perímetro urbano, que foi aprovado em lei, mas a liberação do Loteamento segue emperrado na Prefeitura de Cascavel.

O documento é o decreto aprovando o condomínio Ecoparque. O projeto do Loteamento está protocolado desde 27 de maio, dependendo ainda da caução, que são lotes de garantia ao Município. Além disso, também está pendente o projeto dos prédios para liberação do alvará de construção, em trâmite desde março de 2024.

O empresário Francisco Simeão diz que já gostaria de ter iniciado as obras de infraestrutura de asfalto, que será grande. Serão 760 mil m² de pavimentação, somando ruas, calçadas, pistas de caminhada e estacionamento, sendo 85 quilômetros de pista de rolamento para contemplar todos imóveis. Mas ainda não foi liberado para dar o start.

O empresário diz ainda que há uma pendência também no Governo do Estado. Ele tinha a expectativa de obter um abatimento do ICMS, que totalizaria entre R$ 45 milhões e R$ 50 milhões, em troca de terrenos para a construção das escolas que constam no projeto, para que os filhos dos moradores estudem em unidades escolares construídas pelo próprio condomínio. Mas o decreto também não saiu.

Outro motivo do atraso foi a demora para obtenção das licenças ambientais. Em razão da Fábrica de Prédios, foi exigida a construção de um poço de decantação e tratamento em caso de vazamento de combustível dos caminhões.

Simeão também foi alvo de um inquérito policial que ainda está em andamento por causa desta entrevista concedida ano passado no Programa Papo Reto, da Catve. Na época, todos os vereadores foram intimados a prestar depoimento na Deccor. O empresário diz que não financiou ninguém.

Na Polícia Civil, o inquérito envolvendo o loteamento, ainda não foi concluído.

Confira os detalhes no vídeo:

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