Ex-presidente Emílio Garrastazu Médici falecia há 39 anos

Em 9 de outubro de 1985, o Brasil perdeu o ex-presidente Emílio Garrastazu Médici, que morreu no Rio de Janeiro, aos 79 anos, vítima de complicações decorrentes de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Natural de Bagé, no Rio Grande do Sul, nascido em 4 de dezembro de 1905, Médici desempenhou um papel central durante o período da ditadura militar no Brasil.

Médici, que foi comandante da Academia Militar de Agulhas Negras em 1964, no ano do golpe militar, teve uma carreira marcada por sua atuação no regime. Em 1967, assumiu a chefia do Serviço Nacional de Informações (SNI) e, dois anos depois, comandou o 3º Exército em Porto Alegre. Com o afastamento de Costa e Silva, Médici foi indicado por uma junta militar e eleito pelo Congresso Nacional como presidente da República em 1969.

Embora tenha prometido a restauração da democracia, seu governo foi um dos mais duros da história brasileira, sendo marcado pela repressão a opositores políticos e pela censura. Tortura, desaparecimentos e mortes de presos políticos marcaram o período que também enfrentou movimentos guerrilheiros urbanos e rurais.

Se por um lado houve grande repressão, por outro, a economia do país prosperou durante o governo de Médici, conhecido como o período do "Milagre Econômico", quando o Brasil apresentou crescimento recorde e baixa inflação. Seu governo também foi responsável pela construção da Usina de Itaipu e pela implementação de programas sociais como o Mobral e o Prorural.

Apesar do progresso econômico, a desigualdade social permaneceu alta, e sua gestão é lembrada tanto pelos avanços econômicos quanto pelas restrições às liberdades civis. Médici deixou um legado de controvérsias que perdura até hoje.

Catve