A expectativa era de uma safra cheia, mas um bichinho com menos de 2cm está acabando com os planos dos agricultores, e destruindo as lavouras de milho. Nem mesmo as sementes transgênicas tem conseguido controlar o ataque da lagarta do cartucho.
"Ano passado tivemos a mesma tecnologia e não tivemos nenhuma lagarta. Nesse ano confiamos, pagamos caríssimo e não funcionou", Nelson Dal Galo, agricultor.
Os 100 hectares de milho plantados por seu Nelson na região de Espigão Azul foram afetados pela lagarta. A semente modificada prometia resistência a praga, na safra passada deu certo, desta vez já foram duas aplicações de agrotóxicos e ainda não foi suficiente.
A lagarta come a folha e o miolo do milho, que sem força não se desenvolve normalmente. Só aqui nesta propriedade a perda de plantas chega a 5%, mas até o fim da safra a quebra da produtividade deve ser ainda maior.
A semente geneticamente modificada custa bem mais caro que a comum. O saco da variedade escolhida por seu Nelson custou mais de R$ 500,00 tratada, já a semente comum sairia por R$ 312,00 sem tratamento. O mesmo problema é registrado em diversas lavouras da região, foi necessário inclusive alguns replantios. Com os produtores acumulando prejuízos já no início da safra o Sindicato Rural quer providências, um ofício foi encaminhado a FAEP solicitando a interferência da entidade no caso, os produtores querem respostas da empresa detentora da tecnologia.
"Já houve perda, e essa perda por enquanto não tem quem pague, o produtor que irá pagar. O que nós queremos é que mandando para a Federação é que ela consiga fazer contato com essas empresas, e que elas deem informação aos produtores, respaldo e que forneça a ele materiais para que possa se prevenir, e que em próximas safras ele compre e receba o que comprou", Paulo Orso, presidente Sindicato Rural de Cascavel.
A tentativa é de uma solução amigável, mas se for preciso o sindicato pode recorrer ao Ministério da Agricultura para proteger o homem do campo.
Jornal da Catve
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