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Adolescente do Paraná em estado terminal quer realizar sonho; saiba qual

Isabel Veloso, de 17 anos, tem expectativa de vida de apenas quatro meses


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Foto: Reprodução/Instagram

Com expectativa de vida de apenas quatro meses, a adolescente paranaense,  Isabel Veloso, a Zabéu, de 17 anos, mantém vivo o desejo de realizar o grande sonho da vida: casar-se com o seu grande amor, Lucas Borba, de 26 anos, em 22 de abril.

Lucas Borba acompanhava Zábeu nas redes sociais antes de se encontrar com a noiva, pela primeira vez, em uma academia há seis meses. Isabel recebeu o diagnóstico de câncer - Linfoma de Hodgkin - quando tinha apenas 15 anos, em 2021.

A partir desse momento, ela precisou ser submetida ao tratamento, que incluiu sessões de quimioterapia e transplante de medula óssea até alcançar a cura em novembro de 2023.

No entanto, apenas três meses depois, a vida deu uma reviravolta: ela recebeu a dolorosa notícia de que o câncer havia voltado ainda mais agressivo. Isabel descobriu, após uma série de exames, que não tem mais nada que se possa fazer para curá-la, a não ser tentar amenizar a dor.

No Programa Viva Bem, o noivo disse que decidiu não fugir do relacionamento porque, com Isabel, aprendeu a lidar com os sentimentos pela forma como ela vivencia a doença. "A Isabel, para mim, ela não está doente. É só uma fase", diz.

"Eu creio que com esse casamento ela vai curar pessoas e impactar muita gente. Eu creio que tudo vai passar", complementa Lucas.

Dias Melhores Para Sempre

Para os familiares, Isabel Veloso contou que estava cansada do tratamento e pretendia viver cada dia como se fosse o último, intensamente. "Eu vim aqui não para ser curada, mas eu vim aqui para curar as pessoas. As pessoas ao meu redor também precisam ser curadas, não somente eu", explica.

"Às vezes, eu curo o meu noivo com um abraço, um ‘eu tô aqui por você’. Às vezes, ele nunca teve isso ou, às vezes, curar a minha família. Eu sei que para eles é um baque ter uma filha mais nova sendo doente, uma paciente terminal, só que, às vezes, eles não aprenderam alguma coisa com a vida, e eu vim aqui para ensinar", afirma.

Para Isabel, quando as pessoas não têm uma expectativa de vida limitada, existem chances consideráveis de tudo ser feito no modo automático, sem reflexão, sem dar valor aos pequenos detalhes e ao que verdadeiramente importa: os bons momentos entre amigos e familiares.

Meu Amor, A Celebração da Vida!

"Se não fosse o amor, eu não estaria aqui hoje. Eu acho que se não fosse o amor das pessoas que eu tenho ao meu redor, se não fosse o amor do Lucas, principalmente, eu acho que eu não estaria aqui hoje, porque o tratamento é uma coisa muito difícil, desgastante", conta.

Apesar de Zabéu considerar os familiares as pessoas que mais ama, Lucas é a pessoa que tornou tudo especial e lhe deu motivação para tentar mais uma vez a cada novo amanhecer.

Terças-feiras. Uma vez por semana. Foi em uma terça-feira o dia em que Lucas pediu a Isabel em namoro. Especialmente, eles aproveitam esse dia. Desde o novo diagnóstico do câncer, eles deixaram de celebrar a vida somente às terças e, agora, fazem com que cada segundo seja inesquecível.

"Meu coração sente paz ao saber que eu vou partir e que as pessoas ao meu redor estarão bem com isso. Não no sentido de que não vão chorar ou sofrer, mas no sentido de não querer me ver sofrer. Saber que essas pessoas vão estar em paz e que eu cumpri minha promessa de estar com elas até o último momento me deixa em paz", finaliza.

Linfoma de Hodgkin

Linfoma ou Doença de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem estas células por meio do corpo.

O linfoma de Hodgkin tem a característica de se espalhar de forma ordenada, de um grupo de linfonodos para outro grupo, por meio dos vasos linfáticos. A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo), mais frequentemente um do tipo B, se transforma em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se.

A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones. Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo.

A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária; porém é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais). Os homens têm maior propensão a desenvolver o linfoma de Hodgkin do que as mulheres.


Redação Catve.com

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