Imagem arquivo SMCS
Com maior número de casos de acidentes com a aranha-marrom nos meses mais quentes do ano, a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba chama a atenção da população para se manter alerta quanto à presença do aracnídeo em casa e quintais e prevenir acidentes.
"A aranha marrom não é agressiva, geralmente ela pica quando é comprimida contra o corpo, quando a pessoa coloca uma roupa ou um sapato sem uso há muito tempo e onde o animal se alojou", explica o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides de Oliveira.
Segundo ele, quando acontece o acidente, é essencial que a pessoa procure atendimento em uma Unidade de Saúde, que está preparada para iniciar o tratamento e evitar que o caso se agrave.
"Cerca de 85% dos acidentes são leves e tratados com antialérgicos ou corticoides. Em poucas situações, as mais graves, será necessário o soro antiaracnídico", diz Alcides, ressaltando que as equipes de saúde municipais estão preparadas para identificar o grau de gravidade e iniciar a medicação indicada para cada caso.
CARACTERÍSTICAS
A aranha-marrom mede de 3 a 4 cm, tem pernas longas e finas, e seu abdome é arredondado. Ela habita locais escuros, quentes e secos. Pode ser facilmente encontrada em residências, principalmente em armários, atrás de quadros e em objetos que têm pouco manuseio na casa.
Ela também costuma se esconder em telhas, tijolos, madeiras, atrás ou embaixo de móveis, quadros, rodapés, caixas ou objetos armazenados em depósitos, garagens, porões, e outros ambientes com pouca iluminação e movimentação.
ACIDENTES
De início, a picada da aranha-marrom não dói e os sintomas começam a aparecer depois de 6 horas, podendo evoluir para casos mais graves em 72 horas.
"O ardor no local, seguido de inchaço e vermelhidão, são os indicativos mais fortes de que você foi picado por uma aranha-marrom", alerta o médico da SMS. "Se não houver tratamento, pode evoluir para uma lesão que leva muito tempo para cicatrizar, exigindo, às vezes, até um enxerto de pele".
Alcides ressalta que somente cerca de 3% a 5% dos acidentes evoluem para casos graves, em que a lesão na pele evolui para a necrose (morte do tecido que forma a pele). "Independentemente da gravidade, os sintomas iniciais são sempre os mesmos", diz.
NÚMEROS
Curitiba e região metropolitana são os locais com maior ocorrência da aranha-marrom no Brasil. Em Curitiba, os casos confirmados de acidentes com o aracnídeo têm diminuído ao longo dos anos, com o aumento da atenção dos moradores na prevenção e da capacitação dos profissionais de saúde no atendimento.
Enquanto nas primeiras décadas dos anos 2000 a média de acidentes foi de 3,1 mil casos registrados por ano na cidade, em 2022 foram 754.
Em 2020, com a pandemia da covid-19 e maior tempo de permanência das pessoas em casa, Curitiba registrou o menor número de acidentes com aranha-marrom da série histórica: 472 casos.
Em 2023, de janeiro a novembro, foram registrados 708 casos de acidentes com aranhas-marrom em Curitiba (dados preliminares).
O QUE FAZER
Aos primeiros sinais da picada, a pessoa deve lavar bem o local do ferimento e procurar atendimento numa Unidade de Saúde e, se possível, levar junto a aranha para a identificação, auxiliando assim o diagnóstico.
A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba tem protocolo específico para identificar os casos e aplicação dos procedimentos e as 109 unidade de saúde estão preparadas para fazer o atendimento dessas situações.
Quanto antes for feito o diagnóstico, melhor vai ser a evolução do quadro, com a medicação adequada, lembrando que somente os casos classificados como graves e com evolução de até 36 horas têm indicação da utilização do soro antiaracnídico.
O QUE NÃO FAZER
Prefeitura de Curitiba
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