Relatório aponta superlotação em mais de 700% na Cadeia Pública de Cascavel

Relatório feito pela Defensoria Pública do Paraná aponta os problemas graves do cadeião de Cascavel. O documento tem como base uma inspeção feita no mês de maio e mostra o lado de dentro da cadeia.

 As fotos revelam um local escuro, sujo e com poucas condições, também mostram as galerias em situação precária e superlotada.

Segundo o relatório, no dia da inspeção havia 120 pessoas, mas, na teoria, a Cadeia Pública teria apenas 16 vagas. Esse valor representa uma superlotação de 700%.

A conclusão do relatório cita a polêmica demolição do prédio, que foi registrada pela Catve. Na época, a promessa era de que o espaço seria desocupado, e já havia o entendimento que, tanto por estar ao lado de um colégio estadual, como no Centro da cidade, o prédio era impróprio.

Em 2016 iniciou-se o processo de fechamento e demolição da Cadeia Pública, conforme amplamente divulgado por diversos canais midiáticos e pelo Governo do Estado do Paraná, com a promessa de que parte do local seria utilizado apenas para depósito da Polícia Civil (PC) e não haveria mais custódia de pessoas no local. Menos de um ano após o anúncio da demolição, a carceragem já estava novamente superlotada.

De acordo com a Defensoria Pública, a reforma prevê a relocação de presos no próprio prédio do complexo da 15ª Subdivisão Policial (SDP).

A defensoria relata ainda que alguns itens de higiene básicos, como papel higiênicos, não são oferecidos aos presos. Os que têm acesso, é se alguém da família entregar.

Em nota a Polícia Penal do Paraná (PP-PR) informa que acesso aos apontamentos e determinou a adoção de medidas para solucionar os problemas.

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EPC