A chefe da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Paraná, Camila Cecconello vai comandar as investigações da morte do guarda municipal Marcelo Arruda baleado no fim da noite de sábado (9) em Foz do Iguaçu. Os disparos foram feitos por Jorge Guaranho, um agente penitenciário federal.
O guarda municipal Marcelo Arruda comemorava os 50 anos, com a família e amigos em um clube de Foz do Iguaçu. (VÍDEO) O tema da festa era o PT e o ex-presidente Lula. Imagens das câmeras de monitoramento do clube mostram quando o policial penal federal, Jorge José da Rocha Guaranho manobra o carro e para na porta do salão. Segundo as testemunhas que estavam na festa, ele não gostou da temática e grita ''é Bolsonaro''.
Marcelo Arruda, sai do salão e joga alguma coisa contra o homem que está no carro com a mulher e um bebê.
A mulher do guarda municipal que é policial civil tenta acalmar a situação. O policial penal vai embora mas promete voltar. Dez minutos depois ele volta sozinho. A mulher de Marcelo, mostra o distintivo de policial, mas o rapaz enfurecido, saca a arma e atira contra o GM que está na porta.
A confusão vai para dentro do salão. Marcelo Arruda que já estava ferido na perna, recebe mais um tiro, desta vez no peito, mesmo assim, consegue se virar e também acerta o agente penal que é derrubado pela policial civil. O rapaz cai de vez no fundo do salão.
Um homem aparece e chuta a cabeça dele. Pouco tempo depois, outros dois homens também chutam o corpo caído no chão, enquanto outras pessoas tentam socorrer o guarda municipal que morreu no local.
Jorge Guaranho foi levado para o hospital em estado grave.
Marcelo arruda, estava na Guarda Municipal há 28 anos, tinha quatro filhos, era tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu e foi candidato a vice-prefeito nas eleições de 2020, além de ser diretor do sindicato municipal de servidores.
A morte dele, provocou reações em todo o Brasil. Prefeitos, governadores, deputados, senadores, políticos de várias correntes se manifestaram pelas redes sociais criticando a falta de tolerância política. Inclusive o ex-presidente Lula que era tema da festa.
O velório foi realizado no ginásio de esportes Sebastião Flor, no centro da cidade e o sepultamento no cemitério do Jardim São Paulo.
Investigações tentam apurar o porquê do Policial Penal Federal estar no local.
Ainda não se sabe se o Ministério Público Federal (MPF) vai entrar no caso, já que o PT (Partido dos Trabalhadores) pediu a federalização de toda a investigação do caso.
A delegada Camila Cecconello, designada pelo estado, será a nova responsável pelo caso.
JC1
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