Sem acordo há 13 dias, greve dos Correios deve continuar por tempo indeterminado

Sem acordo há 13 dias, a Greve Nacional dos Correios deve seguir por tempo indeterminado. Na sexta-feira (28), representantes da categoria se reuniram com os diretores da empresa, em uma reunião de conciliação organizada pelo Tribunal Superior do Trabalho. O ministro do TST, Luiz Philippe Vieira, apresentou a proposta para o fim da greve, mas segundo a FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), não houve acordo por parte da empresa. Enquanto as duas partes seguem sem conciliação, a greve continua por tempo indeterminado, sendo que os sindicatos e trabalhadores de todo país, receberam a orientação da federação para intensificarem a mobilização e ampliarem a greve. A adesão da paralisação em Cascavel é de 85%. No município, as agências seguem funcionando em horário normal de atendimento, porém com as equipes de trabalho reduzidas. Conforme o sindicato, a situação é bem diferente em cidades menores, onde o serviço foi totalmente interrompido. Mesmo no período de greve, a empresa voltou a afirmar que os serviços prestados não foram afetados e que as encomendas continuam sendo entregues em todo o país, informação que é contestada pela categoria. Os sindicatos que representam a categoria estimam 70 mil trabalhadores paralisados no país. Eles estão desde o início de julho tentando dialogar com a direção dos Correios. No entanto, além de as duas partes não entrarem em acordo, a categoria foi surpreendida no dia 1° de agosto com a revogação do atual Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021 e que garantia os direitos trabalhistas dos profissionais. Os trabalhadores também lutam contra a privatização dos Correios.

Redação Catve.com