Cotidiano

Reflexos da crise e escassez de água em Cascavel

A primeira reportagem da série especial sobre água detalha as dificuldades de abastecimento em virtude da seca


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Um grande motivo para se preocupar. A escassez de água é real. O problema que parecia tão distante, agora está aqui, ao nosso lado. A crise hídrica tem atormentado os paranaenses e desde fevereiro o estado sofre com a redução de chuva. Já são mais de 100 dias sem chuva significativa e a estiagem é considerada a pior dos últimos tempos. A palavra de ordem é economizar. Em 2019, a estiagem, no Oeste do Paraná, durou quase 250 dias, de junho a dezembro. Cascavel entrou em colapso. As chuvas se tornaram raras. Em baixíssima quantidade. Passamos da fartura à seca desoladora. As torneiras secaram. O Rio Cascavel, responsável por 70% do abastecimento da população, teve o nível reduzido a tal ponto que o rodízio de água foi decretado. As chuvas voltaram em boa quantidade em janeiro, mas o fôlego no abastecimento não durou muito e a preocupação não cessa. A água está em falta. No centro de controle operacional, produção e consumo são monitorados 24 horas. A captação fica na região sul de Cascavel. 315 mil habitantes dependem da água que vem daqui. A companhia de abastecimento já tentou outras alternativas. Dos cinquenta poços perfurados, apenas 16 estão em operação. A certeza de quem tem experiência no assunto é que Cascavel vai depender sempre dos rios para abastecimento. A cidade não para de crescer e a demanda de água aumenta constantemente. Nos próximos dez anos a previsão é que Cascavel atinja 500 mil habitantes. O Rio São José, exuberante e rico em mata ciliar, é a nova alternativa de captação, que está em construção, no distrito de São Salvador. Desde o ano passado, a corrida é contra o tempo para que a estrutura seja concluída até julho. O prédio com altura equivalente a quatro andares no cenário rural chama a atenção. É a casa de bombas, que vai puxar a água do São José por 14 mil metros de tubulação até a captação do Rio Cascavel, onde o tratamento será realizado. A mesma tubulação será utilizada no futuro para outra nova captação, a do Rio do Salto. A obra estava prevista para 2030, porém foi antecipada em 3 anos devido à necessidade. E por último, o Rio Tormenta, que fica em Catanduvas. Enquanto isso, o abastecimento acontece com as alternativas disponíveis para o momento. E o monitoramento é constante. Em cada torneira, água de cada fase. A chuva nunca se fez tão necessária. É muito bem-vinda, mas a população precisa colaborar. (Reportagens foram produzidas antes da pandemia, por isso muitos entrevistados estão sem máscara)

Redação Catve.com

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