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Um ano depois de aprovada Lei das Calçadas ainda não é respeitada

Passeios de muitos imóveis públicos ainda precisam de readequação


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Dona Antonina Vieira tem dificuldades para andar pelas calçadas de Cascavel. "Devia ser mais parelho. Como diz o ditado: essas coisas aí pra subir é ruim", reclama a aposentada. Não é por menos. Cada estabelecimento comercial ou casa tem uma calçada diferente. Desnível, buracos e falta de conservação; que dificultam a vida do pedestre. Para amenizar este problema, foi aprovada no ano passado em Cascavel a "Lei das Calçadas", que prevê uma série de mudanças em passeios públicos da cidade. As adequações tanto de calçadas comerciais quanto residenciais devem garantir acessibilidade, ter revestimento anti-derrapante e espaço para grama e árvores. A lei entrou em vigor em julho do ano passado e depois de um ano, a situação não mudou muito. Poucas pessoas levaram a sério e o que se vê pela cidade são as mesmas calçadas problemáticas. Por enquanto, quem ainda não fez as adequações não está sendo multado. A Secretaria de Planejamento está enviando apenas uma notificação e dando prazo para que as mudanças necessárias sejam feitas. De acordo com o diretor de planejamento e pesquisa da Secretaria de Planejamento, Adir Tormes, a multa só será aplicada em casos onde este prazo estabelecido for desrespeitado. "Nosso objetivo não é multar o proprietário e sim conscientizar que ele deve fazer a calçada adequada. Tanto é que desde a aprovação da lei até agora, nós já desenvolvemos mais de 800 projetos aqui na Seplan de pessoas que nos requerem pedindo qual é o modelo adequado da calçada para ele executar, sem ter a necessidade de nós irmos lá e notificarmos", pondera Adir. Os próprios prédios que pertencem à prefeitura ainda não estão de acordo com a lei. São cerca de 100 prédios do município que precisam ser adequados. Toda a calçada ao redor da prefeitura, por exemplo, é feita com pedras chamadas de portuguesas que têm um tamanho inadequado e podem se soltar com facilidade e atrapalhar o andar do pedestre. Outro exemplo é a calçada ao lado do Terminal Oeste, que é inclinada demais. Segundo o Adir Tormes, as mudanças tanto nesses locais quanto em escolas e demais prédios públicos estão sendo projetadas. "Essas calçadas, elas vão custar em torno de R$ 4 milhões. Então a partir do ano que vem, nós já estamos preparando os projetos, fizemos os orçamentos e a partir do ano que vem nós já vamos começar de forma mais intensificada a executar essas calçadas nos prédios públicos", garante. São alterações que o agricultor Gentili Tosseto espera que sejam terminadas logo para que andar pela cidade não seja sempre um desafio. "Tem que caminhar na calçada e daí se tem buraco, se tá mal feita. Alguma coisa vai ter que mudar. É gostoso uma calçada bonita que todo mundo se sente bem", concluiu.

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