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"Ele não dava a entender que liberaria as crianças", diz capitão do COE

Segundo o oficial, que acompanhou as negociações, durante todo o tempo o homem se manteve irredutível


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O trabalho de negociação com o homem, de 39 anos, que manteve os dois enteados como reféns em Cafelândia foi cauteloso e demandou esforço, empenho e dedicação por parte das forças policiais, especialmente dos negociadores do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) na tentativa de trazer um desfecho positivo para a situação. Foram cerca de 30 horas de negociações e durante todo o tempo o homem se manteve irredutível, com picos de agressividade e oscilação de humor, segundo os negociadores. Conforme o capitão Floresvaldo Damaceno, do Comando e Operações Especiais (COE), do BOPE, que trabalhou diretamente com a negociações, em diversos momentos se percebia regressão no processo de negociação. "Em alguns momentos ele parecia que ia entregar as crianças, mas em outros não", destaca o capitão. No entanto, com a chegada da noite, os policiais decidiram pela invasão tática com o intuito de preservar vidas. "O processo foi demorado. A equipe estava exausta. Ele não dava a entender que liberaria as crianças em algum momento", diz Damaceno. De acordo com o capitão, o homem citou diversas vezes que tinha problemas familiares e nenhumas das técnicas utilizadas tiveram resultado. "Durante toda a negociação ele não deixou claro o que queria com aquilo", comenta. Damaceno reitera que o processo de invasão contou com agentes não letais, como balas de borracha e granadas de efeito moral, para resguardar a integridade física dos reféns e também do autor. O homem foi detido e vai responder pelos crimes de cárcere privado e ameça.

Redação Catve.com

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