O adolescente de 14 anos ficou ferido após ser atingido no pescoço por uma linha com cerol, enquanto andava de moto na tarde de segunda-feira (29), em Maringá.
O acidente aconteceu em uma das ruas do Jardim Paulista. Ao ser atingido, ele foi até a residência onde mora e pediu ajuda para a mãe.
A vítima sofreu um corte profundo na região do pescoço e foi socorrido pela mãe até a UPA - Unidade de Pronto Atendimento Zona Sul.
De acordo com a equipe médica o adolescente teve muita sorte e por muito pouco a linha não atingiu a veia jugular (artéria), o que poderia ser fatal.
Esse é o terceiro caso em menos de 15 dias. Na segunda-feira (29) um menino de 11 anos, teve a mão cortada por linha chilena em Sarandi, enquanto soltava pipa. Ele teve a linha cortada por outro menino e ao tentar recuperar a pipa acabou se cortando.
Já no dia 17 de julho, o construtor Antônio Luiz de Souza, de 63 anos estava andando de moto no Bairro Bom Jardim quando teve o pescoço cortado, por uma linha chilena.
Após perceber que estava sangrando Luiz ainda andou por aproximadamente 300 metros, onde pediu ajuda em um posto de combustível na Avenida Guaiapó.
Fiscalização
A Guarda Municipal realiza reunião na próxima quinta-feira, (1º) para organizar ações conjuntas de combate ao uso de linhas com cerol (mistura de cola com vidro) na recreação com pipas. Conselhos tutelares, secretarias municipais e as polícias Civil e Militar participam do evento.
"O objetivo não é multar e proibir a diversão dos praticantes, mas evitar acidentes e preservar a vida", salienta o subcomandante da Guarda Municipal, Ricardo de Farias. "Nos últimos 15 dias recebemos 20 denúncias (as primeiras do ano) e sabemos das consequências que o cerol pode oferecer como lesões graves e até mesmos fatais", explica.
Uma ação que tem por objetivo "derrubar" outras pipas pode terminar em tragédias envolvendo não apenas praticantes, mas também pedestres, motociclistas, ciclistas e até mesmo pássaros. Além do cerol, outro perigo é a linha chilena, mistura de componentes de alumínio e quartzo, com aumento considerável de corte.
De acordo com a lei municipal 6046/2003, o uso de cerol tem como penalidade multa de R$ 100 ao infrator, se pessoa física, aplicada em dobro em reincidência. Será imposta aos pais e responsáveis nos casos de praticantes crianças e adolescentes. Já a comercialização de cerol, quando se tratar de pessoa jurídica, sujeita o estabelecimento à multa de R$ 500, aplicada em dobro a cada nova reincidência, suspensão e até cassação do alvará de funcionamento.
Plantão Maringá
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