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Workshop de Salvamento em Águas Rápidas reúne bombeiros para treinamento

Atividade faz parte do VXII Senabom realizado em Foz do Iguaçu


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Fazer resgates em locais de difícil acesso e em condições desfavoráveis é rotina para bombeiros militares. A técnica e a resistência são essenciais para o sucesso nessas operações. O socorro em águas rápidas, por sua vez, exige habilidade e destreza dos profissionais para salvar vidas. Para testar tudo, treinar procedimentos e trocar experiências, o Corpo de Bombeiros do Paraná promoveu o workshop de SARP (Salvamento em Águas Rápidas), durante o VXII Senabom (XVII Seminário Nacional de Bombeiros), realizado entre quarta (21) e sexta-feira (23/11), 30 bombeiros de todo o país participaram. O capitão do Corpo de Bombeiros do Paraná Icaro Gabriel Greinert, coordenador do curso, explica que o intercâmbio de experiências entre profissionais de diferentes regiões fomenta discussões para definir melhores táticas e adaptar procedimentos de acordo com a realidade de cada corporação. "Nosso objetivo é fazer com que todos entendam os riscos envolvidos, as necessidades de equipamentos e técnicas, para que voltem aos seus estados e possam difundir o conhecimento de uma maneira mais efetiva", disse Greinert. As atividades do workshop abordaram técnicas de salvamento em águas rápidas, incluindo situações de veículos em cursos de água; Regulamentação e Normalização da atividade de Rafting e afins no Brasil; Sistema de Monitoramento de Alarme e Alerta e Força Tarefa de Resposta a Desastres. Profissionais renomados, como Thomas Schoner, e Massimo Desiat, que possui diversos títulos de canoagem no Brasil, foram alguns dos palestrantes. Na quinta-feira (23), os profissionais fizeram um treinamento no Canal de Itaipu, nas dependências da Usina, simulando resgate de vítimas a nado e com embarcação. No mesmo dia, uma situação diferenciada foi o resgate de pessoas presas dentro de um veículo parcialmente afundado na correnteza do canal. A atividade inédita foi feita para simular um resgate real em situação de enxurrada. Os bombeiros tiveram que retirar as vítimas (outros bombeiros participantes) e levá-las para uma área segura. O exercício serviu para demonstrar a complexidade e a importância de observar as medidas de segurança para os bombeiros, pois segundo o capitão Gabriel, já houve casos de profissionais perderam a vida em resgates. "No Brasil, já houve mortes de bombeiros em ocorrências neste tipo de atividade, então intensificamos o treinamento para evitar essa situação", afirmou. De acordo com o capitão, resgates em águas rápidas são recorrentes em todo o Brasil, principalmente em casos de enchentes de rios, enxurradas e alagamentos, quase sempre em ambiente urbano, que causam perda de bens materiais e de vidas humanas. "É importante que todos tenham o nível mínimo de conhecimento e equipamentos, mesmo aquela guarnição que trabalha no caminhão de combate ao incêndio ou na ambulância. Eles precisam ter um nível de conhecimento amplo para ter condições de atender uma ocorrência e conseguir salvar a vida das vítimas", destaca. Por fim, os alunos estiveram na sexta-feira (23) no Macuco Safari, em Foz do Iguaçu (PR), para colocar em prática os exercícios sob a supervisão do capitão Gabriel, onde os bombeiros puderam treinar técnicas e trocar informações sobre procedimentos adotados em seus estados de origem.

AEN-PR

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