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Justiça anula júri que condenou organizador de show com três mortes

Júri aconteceu em maio do ano passado, 14 anos depois das mortes das vítimas


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O julgamento no Tribunal do Júri de Curitiba que condenou a 14 anos um empresário apontado como responsável pela organização de um show de rock que terminou com a morte de três adolescentes no Jockey Club, foi anulado nesta quinta-feira (18). A sentença teve unanimidade de três votos de desembargadores que acreditam em decisão manifestamente contrária à prova dos autos. O júri aconteceu nos dias 30 e 31 de maio do ano passado - 14 anos depois das mortes das vítimas. A decisão da 1ª Câmara Criminal foi acatada pela defesa do empresário, que sustenta o caso como uma fatalidade que atingiu a todos. O advogado Cláudio Dalledone comemorou a decisão do Tribunal de Justiça. "Tivemos um julgamento marcado por excessos do Ministério Público, excessos esses que foram acolhidos pelo Conselho de Sentença. O Tribunal de Justiça acabou por anular esse julgamento atendendo um pedido da defesa. A decisão dos jurados foi manifestamente contrária a prova dos autos. É uma decisão que se dá em poucas oportunidades, ainda mais em um júri com essa envergadura e de tamanha repercussão. Andou muito mal o Ministério Público", disse Dalledone. Na sentença anulada, o empresário assumiu o risco de produzir as mortes das vítimas quando não apresentou projeto necessário ao Corpo de Bombeiros, não pagou a taxa necessária à Polícia Militar e vendeu uma quantidade de ingressos superior à capacidade do espaço. Ele era acusado de homicídio com dolo eventual com motivação torpe. Durante o julgamento anulado, segundo denúncia do Ministério Público do Paraná, ainda houve atraso na abertura dos portões. Na hora que a banda começou a tocar, as pessoas que esperavam para entrar começaram a se projetar. Aqueles que estavam mais a frente foram pressionados, pisoteados e alguns asfixiados. A data para um novo júri popular ainda não está marcada e poderá acontecer apenas no segundo semestre de 2019. O CASO Na tragédia ocorrida em maio de 2003, três jovens morreram e outras 50 foram pisoteadas em um tumulto generalizado. As pessoas que esperavam para entrar no show da banda Raimundos e estavam próximas ao portão foram esmagadas. Na época, Mariah de Andrade Souza, 14 anos, Larissa Seletti, 15, e Jonathan Raul dos Santos, 15, morreram por causa de fraturas provocadas pelo empurra-empurra.

Banda B

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