O novo estudo do Banco Mundial tem 160 páginas e dedica algumas delas para falar sobre a remuneração dos professores do Brasil.
O relatório tem a seguinte afirmação "O piso salarial dos professores brasileiros está em linha com o que é pago em outros países, com renda per capita similar, no entanto os salários dos professores no Brasil aumentam rapidamente após o início da carreira, devido as promoções automáticas baseadas nos anos de serviço e da participação em programas de formação, em 15 anos de carreira o salário se tornam duas a três vezes superiores ao salário inicial em termos reais. Essa evolução supera significativamente a maioria dos países do mundo".
A equipe da Catve foi conversar com representantes da categoria, para saber a opinião deles. Segundo o presidente do sindicato dos professores do município de Cascavel, a conclusão do Banco não condis com a realidade. Em Cascavel, por exemplo, os professores recebem 4,5% a menos que o piso nacional.
O piso nacional é de R$ 2.298 para a educação infantil por 40 horas semanais. Em Cascavel estão sendo pagos ceca de R$ 2.200, para o ensino fundamental os valores são metade disto por conta da carga horária de 20 horas. Em relação as progressões e promoções, ele explica que até o terceiro ano da contratação o professor em estágio probatório e que só alcança avanço na carreira após isso.
O relatório também destaca "os professores brasileiros tem direito a planos previdenciários relativamente generosos, quando comparados a outros países". O ensino superior é a parte mais contestada em relação as remunerações, segundo o presidente do sindicato dos professores da Unioeste, o professor graduado, concursado para 40 horas começa a carreira com o vencimento de R$ 3.246 enquanto o doutor começa com R$ 4.690. Ao final da carreira o salário pode chegar a R$ 15 mil.
De acordo com Luiz Fernando os apontamentos do Banco Mundial são uma arma para o desmonte das instituições públicas.
No relatório o Banco Mundial também aponta a profissão do professor como desprestigiada, mas não coloca o salário como uma das motivações, mas sim a falta de seletividade para a contração dos profissionais e também a falta de uma relação entre o salário e o desempenho deste professor.
O documento traz modelos já adotados em algumas cidades do país que tem bonificação por desempenho, o que não seria o ideal, segundo Peletti.
A Secretária de Educação de Cascavel afirma que a grande dificuldade para a maior eficiência é a chegada dos recursos aos municípios.
EPC
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