Cotidiano

Harpias se reproduzem em cativeiro pela primeira vez na Itaipu

Casos como esse só tiveram dois registros no mundo, um nos EUA e outro no Panamá


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O Programa de Reprodução da Harpia (harpyja) de Itaipu conseguiu um feito inédito na última sexta-feira (5): o nascimento do primeiro animal cuja mãe também é nascida em cativeiro. A segunda geração criada em cativeiro é um caso raro no mundo todo - há registros apenas em zoológicos dos Estados Unidos e do Panamá. Nesta segunda-feira (8), nasceu também outro filhote, este de um casal antigo do RBV (Refúgio Biológico Bela Vista). De acordo com o médico veterinário de Itaipu, Wanderlei de Moraes, o nascimento inédito mostra que o esforço na reprodução da espécie vem dando resultado. Há alguns meses, um macho de harpia nascido no RBV chegou a fecundar um ovo, mas o nascimento não foi bem-sucedido. Com os novos filhotes, somam-se 31 nascimentos de harpia no local, o que faz do Programa da Itaipu o maior do mundo. O plantel conta hoje com 29 exemplares entre jovens e adultos. Seis filhotes nascidos no RBV foram doados a outras instituições. "O foco nosso e das outras instituições que trabalham com harpia no Brasil é ampliar o número de indivíduos da espécie", explica Wanderlei. Estima-se que existam de 120 a 140 harpias em cativeiro. Família de harpias A ave nascida na sexta-feira (5) é filha de uma harpia fêmea que também nasceu no Refúgio. Ela é filha do casal mais antigo do RBV, formado em 2005 e que teve os primeiros filhotes em 2009. A harpia é um dos maiores, o mais pesado e o mais forte gavião do mundo. Adulto, pode alcançar dez quilos e dois metros e meio de envergadura. O talão, como é chamada a unha da ave, mede até 9 centímetros, equivalente à unha de um urso pardo. A espécie habitava uma ampla região que ia do Sul do México ao norte da Argentina, compreendendo todo o atual território brasileiro. No entanto, o desaparecimento das florestas fez reduzir a população dessas aves - que precisam de áreas de mata contínua para sobreviver. Hoje, no Brasil, a harpia só é encontrada em abundância na região do bioma amazônico, além de poucos registros no que restou da Mata Atlântica. Há poucos exemplares no Paraná, estado que tem a ave como símbolo.

Assessoria

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