Após queimaduras com peeling, Sociedade de Dermatologia publica nota de repúdio

A notícia publicada pelo portal Catve da empresária cascavelense que sofreu queimaduras de 2º e 3º graus após um peeling de fenol causou grande repercussão e manifestações diversas. Nesta quinta-feira (07) a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) publicou uma nota sobre o caso repudiando procedimentos como o peeling de fenol realizado por não médico, ou por médicos não habilitados "O que vemos hoje é a banalização dos tratamentos da pele, que alimenta uma cadeia de lucro mantenedora de profissionais não qualificados", afirmou a SBD. De acordo com a entidade, o peeling de fenol é um tratamento profundo e eficaz, porém que deve ser realizado exclusivamente por médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos. "Não é um tratamento adequado para áreas extensas, como toda face, além de ter que ser realizado com amplo monitoramento cardíaco, pois a substância pode provocar efeitos cardiotóxicos". Em Cascavel a empresária teve queimaduras em 20% do corpo, atingindo principalmente os membros superiores como tórax e braços onde as queimaduras foram de terceiro grau. A mulher permanece internada em um hospital particular da cidade e passa bem. Ela passou por cirurgia e recebeu enxerto de pele nas feridas. Não há previsão de alta. Peeling de Fenol O procedimento é indicado para o tratamento das rugas profundas e das queratoses actínicas (lesões pré-cancerosas) provocadas pelo fotoenvelhecimento severo, em qualquer região da face. Sua utilização correta requer anamnese (história do paciente), exame físico e exames laboratoriais prévios, já que o fenol é absorvido sistemicamente a partir da pele, podendo provocar efeitos nocivos no coração, sistema circulatório, rins, fígado, além de coma. Por fim a entidade recomenda na nota que antes de realizar um tratamento de pele é importante checar se o médico é devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina (CRM) e especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.