Pequenos produtores diversificam e investem na produção de alho

Produtores da região oeste buscaram alternativas para diversificar a produção e aumentar a renda. "Seo" Lauro dedicou a vida ao trabalho no campo e sabe a diferença que a diversificação das atividades faz na hora de calcular, despesas receitas e lucro. Por isso, na propriedade a dedicação é distribuída. "Tenho a pisicultura, tenho leite, peixe, agricultura também, e agora um pouco de plantio de alho e frutas". O alho é o investimento mais recente. A ideia veio da Secretaria da Agricultura, que desenvolveu o projeto pensando em aumentar a renda nas pequenas propriedades. "Nós temos nossos relatórios de 85% positivos. Como é um projeto de pesquisa, vamos continuar fazendo o trabalho mais uns três anos, e temos a certeza que vai dar certo". O custo por hectare de alho planado é de R$ 15 mil. O lucro líquido é de R$ 36 mil. Nas contas feitas pelo técnico, o alho rende até seis vezes mais que a soja. E o produtor fica satisfeito com o resultado. "Tudo que é dinheiro que entra faz bem ao bolso". O alho é uma planta de inverno e que se adaptou bem na região. No projeto já são 84 produtores. "Hoje nós estamos com três variedades, que estão em desenvolvimento. Isso desde que as condições climáticas sejam favoráveis. Se der uma temperatura muito alta, acima de 25º C, ela vai prolongar o seu ciclo até uns 40 dias a mais". Depois de colhido, o alho passa por um período de cura. São 25 dias. Depois disso, o produtor pode definir o melhor momento para comercialização, podendo até mesmo esperar a reação do mercado e o melhor preço, já que o alho não é um produto altamente perecível. Ele chega a durar até oito meses sem apodrecer, estando em condições ideais de armazenamento. Seu Lauro está sorrindo. A produção de leite vai bem, a de peixes melhor ainda. E o alho também trouxe boas notícias. "Na época do inverno, que n~]ao tem muito serviço, planta um pouco de alho para ganhar um dinheiro também no inverno".

Jornal Catve 1ª edição