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Escritor canadense vai usar Cascavel na trilogia

O escritor canadense Alain Claude, que veio em busca de material de referência para o novo romance


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A equipe do Museu Histórico Celso Formighieri Sperança recebeu na terça-feira (24), um visitante especial, o escritor canadense Alain Claude, que veio em busca de material de referência para o novo romance. O escritor já lançou um livro, em volume único, que foi traduzido e comercializado no Canadá, França e Estado Unidos. Sua próxima publicação será uma trilogia, cuja história se passa na Bélgica, São Paulo, Rio de Janeiro e Cascavel. Alain Claude não fala português, somente francês e inglês, línguas oficiais do Canadá. Em sua primeira viagem ao Brasil, já conheceu São Paulo e a serra do Rio de Janeiro e agora mergulha na história da colonização cascavelense para a terceira parte de sua narrativa. Em paralelo a carreira de autor, Alain também trabalha como chefe do departamento de segurança de uma estação de esqui, em Mont-Tremblant, província de Quebec. Por este motivo ele tem contato com muitos turistas e acaba fazendo amizade com várias pessoas de diferentes nacionalidades, entre elas alguns brasileiros. Exemplo dessas amizades é a Ivany Rodrigues, que se tornou grande amiga do escritor, ela é paulistana, vive no Canadá há cerca de seis anos, dá aulas de francês para estrangeiros e traduz contos que Alain publica na internet. Outro amigo do autor é cascavelense Marcelo Konopatzki, que morou no Canadá por sete anos. Das conversas com esses amigos, Alain acabou se inspirando e incluiu o Brasil nas suas histórias. Atualmente, o escritor está produzindo um romance policial, que tem como protagonista, uma brasileira, chamada Camila. Preservando o suspense da narrativa, o autor dá poucos detalhes sobre a trama, mas adianta que "A Camila se envolverá com Lorenzo, um personagem cascavelense. No terceiro livro, eu me aprofundo na origem deste personagem e da família dele, aos poucos outros rostos vão aparecendo nessa história que será recheada com intrigas e redes criminosas". Para compor a narrativa, Alain precisou conhecer a história do município, primeiramente por meio do amigo Marcelo, depois por pesquisas na internet, e acabou se encantando com os detalhes da colonização, da influência dos europeus na transformação da cidade e decidiu usá-la como pano de fundo para o seu livro. Após a pesquisa virtual, de mais de um ano, Alain decidiu que era hora de conhecer o Brasil pessoalmente. Acompanhado da amiga Ivany, que age como intérprete, ele conheceu as cidades que serão cenários para o romance. "Para escrever tudo o que quero e tornar mais real minha narrativa, preciso me impregnar da cultura brasileira, preciso me tornar um pouco brasileiro e um pouco cascavelense". Guiados pelo amigo Marcelo, Alain e Ivany conheceram o Centro Cultural Gilberto Mayer, onde estão localizados o Museu Histórico Celso Formighieri Sperança, que possui um acervo de 1.200 peças, desde artefatos religiosos, esculturas, peças industriais, ferramentas, entre tantas outras que contam a história de Cascavel e região. A visita se estendeu ao MIS (Museu da Imagem e do Som), que conta com mais de 55 mil imagens catalogadas, além de trabalho documental com os pioneiros do município. Ivany também não conhecia Cascavel. "Estamos encantados com a história de Cascavel, com a riqueza do acervo de objetos, imagens da trajetória da cidade", comenta a intérprete. Ao final da visita, Alain Claude, emocionado com a cooperação, fez questão de assegurar que incluiria os nomes de todos os funcionários da equipe na página de agradecimentos do seu livro. O autor também adiantou que se tratando de uma trilogia, e tendo um material de pesquisa tão rico que necessita de intensa triagem, a obra levará em torno de dois anos para ser finalizada, no entanto, confessou que pretende traduzir a trilogia para a língua portuguesa e que quer realizar uma noite de autógrafos em Cascavel. "Será uma honra não só para mim, quero mostrar a população cascavelense a sua cidade sob o meu olhar de canadense".

com assessoria

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