Cotidiano

Morador de rua assassinado em Toledo era pessoa pacata dizem conhecidos

A polícia civil investiga o crime ocorrido no sábado


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Passava das três da manhã de sábado quando um morador da região central ouviu gritos e o barulho de uma motocicleta saindo em disparada. Ao sair para ver o que aconteceu, o cidadão se deparou com um homem caído em via pública com o corpo coberto por sangue. A vítima era Vicente Pereira da Fonseca, de 56 anos, que foi atingido por golpes de faca na região do tórax. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na viatura do Siate. O homem tinha familiares em Toledo, mas por causa do alcoolismo decidiu morar nas ruas da cidade. O crime aconteceu na Rua São João. Seu Vicente, ou japonês como era chamado pelos amigos dormia na rua, pois a cidade não tem um abrigo para andarilhos. Os integrantes do projeto "Alimente-se de Graça", que fornece alimentação aos moradores de rua da cidade conheciam a vítima. "Ele era uma pessoa pacata, gostava de ficar isolado, não dava problemas. Ele tinha muitos amigos na cidade, empresários que pagavam um café, um almoço. Era um cidadão pacato que decidiu morar na rua. Aparentemente não havia motivos para o que aconteceu!", comenta o voluntário do projeto, José Nilson Rodrigues. O setor de homicídios da Delegacia segue com as investigações, mas ainda não tem pistas sobre o autor do homicídio. SEM ESTRUTURA Toledo tem cerca de 30 pessoas que moram na rua, alguns são de outras cidades e apenas passam pelo município, enquanto outras dormem sobre marquises e calçadas há anos. Apesar de ter um convênio com a Secretaria de Assistência Social, o albergue noturno não atende pessoas alcoolizadas, situação comum de quem vive nas ruas. Dois profissionais do Centro de Referência em Assistência Social realizam a abordagem destes cidadãos e incentivam para que procurem assistência médica e psicossocial ou que voltem para a cidade de origem, quando são de outros municípios. A abordagem, segundo o voluntário José Nilton Rodrigues é insuficiente. "Eles não resolvem o problema, apenas empurram para frente. Falta uma política de assistência mais estruturada. O ideal seria ter um local onde eles possam tomar um banho e dormir com segurança", afirma.

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