Em pleno domingo aula. O conhecimento adquirido é sobre um assunto que suscita a curiosidade de muita gente, a perícia forense criminalística. O curso promovido pelo núcleo de aperfeiçoamento profissional da FAG, trouxe pela quarta vez o experiente perito criminal do Rio Grande do Sul, Evandro Gomes, que ensinou a análise, interpretação e dinâmica de cenas de crimes simuladas. "Eu trouxe elementos que compõe uma cena de crime, algo simulado, tudo para oferecer aos alunos um treinamento nessa parte de criminalística, de atendimento aos locais de crimes".
Em 11 anos de profissão o perito tem mais de 1 mil cenas de crimes no currículo. O assassinato do menino Bernardo em abril do ano passado, é um dos casos de maior repercussão em que Evandro atuou. Por conta do caso ainda estar em trâmite ele ainda não pode revelar informações, apenas afirmou que o trabalho foi solicitado tardiamente, 10 dias depois do corpo ter sido encontrado, e tempo é um fator fundamental nessa atividade. "O ideal é o mais rápido possível, conforme a disponibilidade de atendimento dos peritos, o plantão de perícia trabalha 24 horas por dia", Evandro Gomes.
Evandro integra a equipe do IGP - Instituto Geral de Perícia do Rio Grande do Sul. O grupo foi premiado pela perícia realizada na boate Kiss em Santa Maria, em que mais de 200 jovens morreram durante um incêndio. "A análise de um local de crime é a volta no tempo, se refaz toda a cena, a dinâmica do crime, para se definir certas coisas que serão importantes no inquérito e no processo".
Com essa experiência o professor guiou os alunos no trabalho em uma cena de crime. Na mesa o kit perícia. Materiais para coleta de provas, proteção pessoal e análise de vestígios. Em grupos de quatro pessoas eles vistoriaram um local em que ficticiamente um bebê foi morto. O local foi isolado com uma fita. Na equipe um é o fotógrafo que capta os detalhes, dois membros mexem na vítima e nas provas, e o quarto elemento é o perito de local, que relata no papel tudo que está vendo ao redor e na vítima. "É uma simulação, mas já da para se ter uma ideia da dificuldade de encontrar vestígios, de descrever o local detalhadamente, de não se contaminar com aquilo que acha, supõe, mas sim com provas reais".
O curso é voltado para acadêmicos e formados na área de Direito, Farmácia, Psicologia e Biologia. "A perícia precisa também do profissional biólogo, e acho interessante para o meu currículo".
Jornal da Catve 1ª Edição
** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo
WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642