O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) vai analisar nove denúncias apresentadas contra o deputado estadual Renato Freitas. O deputado Márcio Pacheco foi designado relator do processo nesta terça-feira (25) e ficará responsável por avaliar os pedidos encaminhados pela Comissão Executiva, entre eles a sugestão de perda do mandato.
"O processo agora segue o trâmite normal dentro daquilo que prevê o Regimento Interno e o estatuto do Conselho de Ética. Há um prazo de três dias para a notificação do deputado, depois dez dias para que ele apresente a defesa prévia, e, em seguida, uma avaliação do relator para decidir se mantém o rito com base no pedido de cassação ou se desclassifica para outro tipo de sanção prevista no Regimento", explicou Márcio Pacheco.
As representações foram apresentadas após o episódio ocorrido no Centro de Curitiba, na noite de 19 de novembro, quando Freitas se envolveu em uma briga com um manobrista que terminou em agressões físicas. A oposição sustenta que o deputado agiu em legítima defesa.
"O deputado Renato Freitas não estava no exercício do mandato. Ele acompanhava a companheira, que está grávida, para realizar um exame, quando foi hostilizado na rua. As imagens mostram a pessoa verbalizando algo, e o Renato afirma que se trata de injúria racial. Ele relata que, ao tirar o carro, o homem teria avançado com o veículo na direção do casal. Há uma reação por parte do Renato a tudo isso. Não é como alguns tentam construir aqui dentro. Estamos falando de uma mulher negra, de um deputado negro, de um filho que será negro, e de uma investida racial contra o Renato", afirmou Arilson Chiorato.
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Reportagem de Ana Reimann | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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