Governo Trump estuda reality show com imigrantes em disputa por cidadania americana

O governo Trump analisa uma proposta polêmica: transformar a conquista da cidadania americana em um reality show. A ideia prevê que imigrantes disputem uma série de provas e desafios em busca do prêmio final: tornar-se cidadão dos EUA.

O projeto, ainda em fase de avaliação, foi revelado pelo jornal britânico Daily Mail, que teve acesso a documentos internos com detalhes do formato da atração, chamada provisoriamente de "The American". Segundo as informações, o programa contaria com 12 participantes que se encontrariam na Ilha Ellis, em Nova York, marco simbólico da imigração no país.

A competição se desenrolaria em diversas cidades americanas, com provas como campeonatos de lenhadores em Wisconsin, garimpo de ouro na Califórnia e montagem de veículos em Detroit. Tudo aconteceria a bordo de um trem que cruzaria os EUA — também chamado "The American", mesmo nome do programa.

Entre as etapas do reality, estão previstas dinâmicas como "desafio da herança", "reunião comunitária", fases de eliminação e uma votação final para definir o vencedor. O campeão, além de ganhar o status de cidadão oficial dos Estados Unidos, participaria de uma cerimônia simbólica nos degraus do Capitólio, em Washington.

Estrelas como Ryan Reynolds, Mila Kunis e Sofía Vergara foram sugeridas como possíveis apresentadores do projeto, que tem como criador o roteirista Rob Worsoff, conhecido por trabalhar em produções como "The Millionaire Matchmaker" e "Os Reis dos Patos".

Worsoff confirmou ao Wall Street Journal que, embora não tenha falado diretamente com a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, a ideia já foi discutida com representantes da pasta e com emissoras interessadas em exibir o programa.

Em nota ao Washington Post, a porta-voz do DHS, Tricia McLaughlin, afirmou que o projeto está em análise e ainda não foi oficialmente aprovado nem descartado.

O criador do reality enfatizou que a proposta não é transformar a imigração em uma competição cruel. "Não se trata de um ‘Jogos Vorazes’ para imigrantes. Ninguém será deportado por perder", afirmou, em tom irônico.