Política

Onyx Lorenzoni nega relação com doador investigado por fraude no INSS

Ex-ministro diz não conhecer doador ligado a fraude de R$ 2 bi em aposentadorias do INSS


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Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

O ex-ministro da Previdência Onyx Lorenzoni (PL) negou qualquer vínculo com Felipe Gomes Macedo, empresário que doou R$ 60 mil à sua campanha ao governo do Rio Grande do Sul em 2022. Macedo presidia a entidade Amar Brasil, alvo da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que apura um esquema de R$ 2 bilhões em fraudes envolvendo descontos indevidos em aposentadorias do INSS.

De acordo com o Portal Metrópoles A Amar Brasil firmou um acordo com o INSS em agosto de 2022, permitindo o desconto de 2,5% nos benefícios de aposentados. À época, Onyx já não ocupava mais o cargo de ministro. Mesmo assim, a PF investiga se houve favorecimento à entidade durante sua gestão. O ex-ministro afirmou que não tinha controle sobre quais entidades podiam receber os descontos, benefício regulamentado desde 1991.

Doação legal, mas sob suspeita

Onyx disse que a doação de Macedo foi registrada legalmente e sugeriu que o valor pode ter sido intermediado por algum aliado de campanha. Segundo ele, recebeu contribuições de mais de 120 pessoas físicas em 2022, e Macedo foi apenas um entre esses doadores.

Medidas contra fraudes durante sua gestão

O ex-ministro também destacou que, no governo Bolsonaro, quatro entidades suspeitas tiveram os descontos bloqueados e que uma Medida Provisória de 2019 aumentou o rigor sobre os critérios de habilitação. Entretanto, ele responsabilizou o Congresso por ter ampliado o prazo de revalidação das entidades, o que teria dificultado a fiscalização.

A operação da PF ganhou força após reportagens do portal Metrópoles denunciarem um crescimento anormal nos descontos aplicados a aposentados. O caso já resultou na queda do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Antonio Mendonça/ Catve.com

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