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Dentro da política pública de enfrentamento às drogas, a Prefeitura de Cascavel vai destinar mais de R$ 2 milhões ao longo de 2025 para a realização de internações de pessoas com dependência química, inclusive as involuntárias.
O serviço involuntário, coordenado pela Secretaria Especializada de Cidadania, da Proteção à Mulher e Políticas Sobre Drogas, atende casos em que o paciente não possui condições de decidir por si mesmo. As internações ocorrem em clínicas especializadas e seguem critérios definidos por lei, com autorização médica e comunicação obrigatória ao Ministério Público Estadual.
Os recursos, já previstos no orçamento municipal, são utilizados conforme a necessidade ao longo do ano. O investimento que teve um aporte de R$ 600 mil busca ampliar os atendimentos, principalmente diante do aumento da demanda por tratamentos especializados, especialmente entre pessoas em situação de rua e em extrema vulnerabilidade.
Para o secretário da pasta, Marcelo Silva, a internação involuntária é uma medida extrema que precisa de cautela. "Nem todo dependente químico pode ser internado contra a própria vontade, mas muitas vezes a internação involuntária representa a única chance de um tratamento digno e seguro para aquela pessoa que perdeu completamente a autonomia sobre suas escolhas devido ao vício. Nosso objetivo é garantir a saúde do paciente e de outros à sua volta", detalha
De acordo com a legislação vigente, a internação involuntária pode ser solicitada por familiares, responsáveis legais, servidores públicos ou órgãos do SISNAD (Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas), em casos de pacientes com uso abusivo de álcool e drogas.
O pedido de ajuda por familiares que precisam de encaminhamento para um ente querido em clínica especializada ou casa terapêutica, pode, inclusive, ser feito por escrito. As instituições credenciadas no Município hoje são:
As solicitações podem ser feitas via Sesd, que fica na Rua Clementino Miranda, 2100 - Brasmadeira. O médico da unidade de saúde faz a avaliação para dependência química e indica o tratamento.
DADOS
Somente neste ano de 2025, 45 pessoas foram internadas em clínicas especializadas, sendo 14 de forma voluntária e 31 de forma involuntária. Além disso, foram realizados 39 encaminhamentos para casas terapêuticas que atuam exclusivamente com acolhimento voluntário por parte do paciente.
No ano de 2024, 83 pessoas foram atendidas em clínicas especializadas, sendo 43 internações voluntárias e 40 involuntárias. Já nas casas terapêuticas, foram acolhidas 124 pessoas, distribuídas entre as unidades Molivi (52), Renascer (38), Prover (24) e Lar Dom Bosco (10).
As internações involuntárias, apesar de serem uma medida extrema, são a última opção adotada pela saúde pública. Elas fazem parte de uma política mais ampla que inclui também campanhas de conscientização e acolhimento voluntário.
Assessoria
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