O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) foi eleito presidente da Comissão da Agricultura e Reforma Agrária nesta quarta-feira (24), de 2021 a 2023.
A eleição para a vice-presidência foi adiada por conta de um impasse com a indicação dos senadores Wellington Fagundes (PL-MT) e Soraya Thronicke (PSL-MS) para o cargo.
O presidente destacou que os maiores desafios da comissão nos próximos anos serão o posicionamento estratégico da agricultura brasileira no mercado internacional, a regularização fundiária e a discussão em torno do novo marco legal para o licenciamento ambiental.
"Vamos trabalhar em conjunto com a Comissão de Relação Exteriores. Temos um produto de exportação e queremos ampliar a exportação não só de commodities, mas também de produtos industrializados" afirmou.
Gurgacz destacou que 30% do PIB brasileiro vêm do agronegócio e da agropecuária, e por isso a CRA (Conselho Regional de Administração do Paraná) tem um um papel de muita importância para o país, com grande contribuição para a economia.
O senador afirmou também que vai marcar para sexta-feira (26) uma reunião remota para tratar do encaminhamento das emendas da CRA ao Orçamento. Gurgacz nomeou Soraya, ex-presidente da comissão, como relatora das emendas. O prazo para que senadores, deputados e bancadas estaduais apresentem emendas ao Orçamento Geral da União de 2021 (PLN 28/2020) termina na próxima segunda-feira (1).
Em 2019, um projeto do Congresso Nacional, que originou a Lei 13.957, tornou as emendas de "comissão permanente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e de comissão mista permanente do Congresso" de execução obrigatória.
Investimentos
Wellington chamou atenção para a importância de uma manutenção eficiente das estradas brasileiras. Segundo ele, a logística é um dos grandes problemas atuais do agronegócio.
O senador ressaltou também que o Brasil dá exemplo com uma agricultura e agropecuária de excelência.
"Temos uma produção de proteína animal de ponta, usando tecnologia e pesquisa. Conseguimos dar o exemplo, mesmo agora na pandemia, aumentando a nossa produção e índices de produtividade, principalmente no estado do Mato Grosso".
Já o senador Cid Gomes (PDT-CE) destacou a importância do setor para o Nordeste. Segundo ele, 20% da população do Ceará tira seu sustento do setor primário.
"Isso significa um em cada cinco cearenses. Eles estão sobrevivendo muito precariamente a partir de 7% do PIB de um estado que tem metade do PIB per capita brasileiro. Isso é um grande desafio" afirmou.
Os senadores Carlos Fávaro (PSD-MT), Paulo Rocha (PT-PA) e Jayme Campos (DEM-MT) também parabenizaram o presidente eleito e ressaltaram a importância de mais investimento no setor.
Agência Senado