Política

Maia anuncia data para votação da cassação de Cunha nesta quarta-feira

Deputado é acusado de mentir ao depor na CPI da Petrobras sobre existência de contas no exterior


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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou que, na tarde desta quarta-feira, anunciará o dia da votação do processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Maia evitou antecipar tendências e afirmou que todas as posições são legítimas. O parlamentar ainda está ouvindo líderes partidários, um a um. Enquanto a oposição defende a votação imediata, a base governista do presidente interino, Michel Temer, quer que a decisão sobre o futuro de Cunha, ex-presidente da Câmara, ocorra depois da conclusão do processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, previsto para o dia 26. "Não haverá decisão que saia da curva histórica dos processos de cassação desta Casa", afirmou Maia, ao se referir a um prazo entre quatro e cinco semanas para votação, contado a partir do momento em que o processo foi encaminhado para Mesa Diretora da Câmara. O processo ficou pronto para decisão antes do recesso de julho. A leitura do parecer emitido e aprovado pelo Conselho de Ética, por 11 a favor e nove contra, foi feita na segunda-feira, dando ao caso preferência sobre as demais matérias, mas sem impedir que outros temas sejam analisados. Cunha é acusado de mentir ao depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em maio de 2015, sobre a existência de contas bancárias de sua propriedade no exterior. Parlamentares que têm acompanhado o andamento do processo, desde que a representação contra o peeemedebista foi apresentada, em outubro do ano passado, apostam que a votação do processo em plenário deve ocorrer no dia 30 de agosto. Maia sinalizou apenas que não pretende marcar esta decisão para depois das eleições municipais de outubro, como defendiam alguns aliados de Cunha. "Antes da eleição eu garanto mais quorum que depois das eleições. Porque antes (das eleições) todos os deputados vão para as urnas tendo que responder como votaram o processo. Duvido que, no plenário, independente da data, ele [parlamentar] não estará presente para votar", afirmou.

Correio do Povo/RS

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