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Diretriz brasileira classifica pressão 12x8 como pré-hipertensão

Mudança alerta para risco cardiovascular e reforça a importância do acompanhamento médico regular


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A nova diretriz brasileira de hipertensão arterial passou a considerar a aferição de 12x8 não mais como pressão normal, mas como indicador de pré-hipertensão. O documento foi elaborado pelas Sociedades Brasileiras de Cardiologia, Nefrologia e de Hipertensão.

De acordo com o coordenador de Cardiologia do Hospital São Lucas, Anderson Dallazen, compreender a pressão arterial é essencial.

"A pressão arterial é uma medida fisiológica do organismo, fundamental para a perfusão dos órgãos, e precisa ser mantida dentro de uma faixa de normalidade", explica.

Muitos pacientes não compreendem o que significam os valores. Segundo Dallazen, o 12x8 equivale a 120x80 milímetros de mercúrio.

"Esse valor resulta da força que o coração exerce ao ejetar o sangue, do impacto desse sangue nos vasos e da resistência oferecida pelos próprios vasos", detalha.

O cardiologista ressalta que a mudança na diretriz busca reforçar o alerta contra os riscos da hipertensão.

"O que temos observado é o aumento de casos de AVC e infarto, doenças que estão entre as principais causas de morte no Brasil e no mundo. Muitas vezes, a hipertensão está associada a esses eventos. Ao adotar critérios mais rígidos, conseguimos intervir mais cedo e evitar complicações graves", afirma.

A prevenção, segundo os especialistas, deve começar cedo.

"A partir dos 18 anos já é importante monitorar, mas o risco cresce a partir dos 30, 35 anos. O ideal é realizar acompanhamento anual com cardiologista para verificar a pressão arterial e agir preventivamente", orienta Dallazen.

Quando a prevenção não é suficiente, a intervenção médica torna-se indispensável. O cirurgião cardiovascular do Hospital São Lucas, José Dantas, reforça:

"O cardiologista é essencial porque, em grande parte dos casos, conseguimos prevenir ou amenizar os danos. Mas quando não há prevenção, muitas vezes são necessários procedimentos invasivos. Por isso, a atenção precoce faz toda a diferença."

Confira detalhes no vídeo:


Reportagem de Caio Vasques | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA

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