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"Corrida pela Vida" é relançada em Cascavel para incentivar a doação de órgãos

Prova será em setembro e contará com categorias especiais para transplantados e doadores


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Saúde e esporte correm juntos - literalmente - na segunda edição da Corrida pela Vida, lançada nesta quarta-feira (30) em Cascavel. O evento tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos, promovendo o diálogo em família e celebrando histórias de quem teve a vida transformada por um transplante.

"A corrida é um hábito saudável e, desde a primeira edição, em 2015, pensamos nela como uma forma de conectar saúde física com o tema da doação. Agora, dez anos depois, voltamos com a proposta para envolver ainda mais pessoas nessa conversa tão necessária", explicou Rafael Diniz, diretor-geral do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP).

A prova acontecerá no dia 28 de setembro, a partir das 7h, na Avenida Tancredo Neves, em frente ao HU. Serão duas modalidades: corrida de 5 km e caminhada de 3 km. O evento inclui categorias específicas para transplantados e doadores.

As inscrições estarão abertas de 5 de agosto a 21 de setembro, com retirada dos kits nos dias 26 e 27. Um dos destaques da campanha é o atleta Vanilto Dipicoli, transplantado há 14 anos, que recebeu um rim da mãe e, desde então, se tornou campeão brasileiro nos 5 km e medalhista de bronze nos Jogos Mundiais para Transplantados, em 2023, na Austrália. "Minha vida pausou com a doença, mas o transplante me deu continuidade. Encontrei na corrida uma forma de falar sobre a importância da doação de órgãos", contou.

Segundo dados da Comissão Intra-Hospitalar do HU, 83% das famílias abordadas autorizam a doação, índice superior à média do Paraná (72%) e bem acima da média nacional (49%). Em 19 anos, o hospital contabiliza mil doações convertidas em captação. Somente em 2025, de janeiro a junho, foram registrados 72 órgãos e tecidos doados.

"A preparação da família, desde o momento da identificação da morte encefálica, é essencial. Nosso papel é ajudar a compreender esse processo e apoiar uma decisão tão delicada", destacou Gelena Castilho, coordenadora do Serviço de Transplantes do HU.

"O HUOP está entre os maiores hospitais do país em captação de órgãos", reforçou o reitor da Unioeste, Alexandre Webber. "Além de profissionais qualificados, o hospital oferece estrutura adequada para acolher as famílias, com espaços dedicados e humanizados para esse momento tão difícil", completou Rafael Diniz.

Atualmente, cerca de 60 mil pessoas aguardam na fila por um transplante no Brasil. Em média, 12 delas morrem por dia à espera de um órgão.

Confira detalhes no vídeo acima:


Reportagem de Patrícia Cabral | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA

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