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As reclamações sobre o atendimento do Samucão, serviço de urgência veterinária de Cascavel, são frequentes. Criado em 2020, o Samucão foi idealizado para atender animais de rua em situação de risco, como atropelamentos e maus-tratos. No entanto, quem tenta acionar o serviço quase nunca é atendido, segundo relatos de protetores.
Na manhã desta sexta-feira (4), um grupo de protetoras esteve na Câmara de Vereadores para, mais uma vez, pedir ajuda. Elas afirmam que a população procura apoio, mas esbarra na falta de retorno do serviço.
"A dificuldade que a gente enfrenta é que a população nos procura a todo momento, porque não consegue acesso ao Samucão", relatou uma das protetoras.
Diante das inúmeras denúncias, o Ministério Público do Paraná, por meio da 9ª Promotoria de Justiça de Cascavel, instaurou um procedimento para apurar falhas recorrentes no atendimento emergencial e na proteção animal, especialmente nos serviços prestados pelo Samucão. A investigação foi aberta após uma denúncia formal de uma protetora, que relatou recusas frequentes de atendimento por falta de estrutura e problemas operacionais.
O promotor Felipe Segura Rocha informou que uma das propostas discutidas com a prefeitura é a implantação do Tutor Legal, um projeto que prevê o cadastro de famílias protetoras para cuidar temporariamente de cães e gatos resgatados das ruas.
"Nosso objetivo na conversa foi tratar da implantação do Tutor Legal, que vai possibilitar o acolhimento por famílias protetoras", explicou o promotor.
Durante uma reunião nesta semana entre representantes da prefeitura e do Ministério Público, o município informou que houve uma queda de 37% nos atendimentos veterinários no primeiro quadrimestre de 2025. A redução, segundo o poder público, é reflexo da aplicação mais rigorosa dos critérios de urgência definidos por decreto municipal.
Confira os detalhes no vídeo acima.
Reportagem de Déborah Evangelista | JC
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