Dia Mundial da Saúde Mental enfatiza ação no local de trabalho

Neste 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental, a Organização das Nações Unidas (ONU) reforça a necessidade de priorizar a saúde mental no ambiente de trabalho. A data chama atenção para o fato de que uma em cada oito pessoas no mundo vive com algum tipo de transtorno mental.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alerta que nenhuma comunidade está imune a esses transtornos e destaca que o suicídio é uma das principais causas de morte entre jovens. Milhões de pessoas continuam a sofrer em silêncio.

Impacto dos ambientes laborais

A mensagem deste ano enfatiza que 60% da população mundial acima de 15 anos está empregada, passando grande parte de seu tempo no local de trabalho. Para Guterres, os ambientes de trabalho são mais do que apenas espaços de produtividade — eles podem fornecer propósito, conexão e estabilidade. No entanto, locais opressivos ou caóticos podem impactar negativamente a saúde mental dos trabalhadores.

O secretário-geral também ressaltou que a pandemia de Covid-19 mudou drasticamente o cenário do trabalho, com o teletrabalho dissolvendo as fronteiras entre casa e emprego, criando novos desafios para a saúde mental dos funcionários.

Transformação dos serviços de saúde mental

Guterres reforça que, diante desse cenário, é essencial que os empregadores adotem medidas para proteger a saúde mental de seus funcionários. A criação de ambientes saudáveis pode aumentar a moral, reduzir o absenteísmo e melhorar a produtividade, fortalecendo empresas e economias.

Além disso, foi lançado um novo guia intitulado *Saúde Mental de Crianças e Jovens: Orientação de Serviço*, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O documento busca apoiar a transformação dos serviços de saúde mental voltados para crianças e adolescentes, destacando que um em cada sete jovens entre 10 e 19 anos enfrenta transtornos como ansiedade, depressão e comportamentos disruptivos.

As agências da ONU defendem ações precoces para que jovens possam prosperar e atingir seu potencial, ressaltando que um terço dos problemas de saúde mental surge antes dos 14 anos e metade deles antes dos 18. O acesso limitado aos serviços de apoio é outro desafio que precisa ser superado, segundo a OMS e o Unicef.

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