Estar dentro das quadras defendendo uma equipe não é missão tão simples, mas estar do lado de fora deixa qualquer um com os nervos a flor da pele. Das arquibancadas existem aqueles que vibram, se emocionam e até mesmo choram, pelo seu time. Cenas como esta tem se repetido na cidade de Toledo onde acontecem os 57º Jogos Abertos do Paraná-JAPs- Fase Final da Divisão A.
Entre os torcedores existem aqueles que se doam um pouco mais por seus clubes. Exemplo disso acontece na modalidade de futsal, pela equipe de Cascavel. Valdeci de Deus Correia, mais conhecido por Buiú, não passa despercebido em um ginásio com capacidade para aproximadamente 3.200 pessoas. Torcedor do clube há 17 anos ele se tornou o mascote do grupo e vai onde o time esta. "Desde que fui morar em Cascavel já acompanho o time. Vou em todos os jogos, estaduais, JAPs, Liga e também vou no treino para dar apoio para essa equipe que eu tanto amo", conta Buiú.
Nascido na cidade de Tupãssi, o torcedor foi parar em Cascavel para ficar mais perto da mãe. A princípio ele era torcedor do Tuiti, uma equipe que foi acabando aos poucos para que surgisse o atual Cascavel. Vendo o amor pelo time, Buiú acabou sendo contratado pelo grupo para trabalhar de roupeiro, função que o aproximou ainda mais do seu eterno amor. "Eu amo trabalhar com eles, porque assim eu consigo ficar mais perto do meu time. Mas quando não estou trabalhando eu vou onde eles estiverem para apoiar, pois sei que minha torcida é importante para vitória deles", afirma Buiú.
A fama de Buiú como mascote é tão grande que ele já chegou a ser contratado por outros clubes fora do estado para simplesmente torcer. "Já fui contratado pelo Horizontina só para fazer barulho na torcida. Mas se me chamassem ele para torcer contra o Cascavel, não vou. Não há dinheiro que me faça fazer isso, porque por essa camisa eu tenho amor", ressalta o mascote do Cascavel.
Para o jornalista que também da uma cobertura especial para a equipe de Cascavel, Luciano Neves, Buiú é mesmo um símbolo de amor pelo time. "Já vi ele aos prantos quando a equipe perdeu. Ele é fanático e fiel, não perde jogos, vai ao ginásio até mesmo para assistir aos treinamentos.E no ginásio não tem para ganhar, ele faz mais barulho que toda torcida sozinho", explica Luciano.
Na opinião do técnico da equipe Ney Victor, Buiú é um elemento chave no time, que agrupa dentro do Cascavel futsal. "Com ele não tem tristeza e isso motiva os atletas dentro das quadras", diz Ney. Com uma galeria de troféus ainda incompleta, Buiú e Ney, querem levar o esse ano o título que ainda falta para cidade de Cascavel. "Somos campeões brasileiro, penta estadual, campões na prata, bicampeões no sub 20, só falta mesmo o JAPs", conta Ney.
Ressaltando a importância deste evento o professor da equipe de Cascavel comenta que somente nos JAPs, encontram-se as melhores equipes do Paraná e por isso a valorização se faz mais que necessária. "Podemos afirmar pelo futsal, que os JAPs é um evento profissional. Pois aqui todas as equipes disputam chave: bronze, prata e ouro, são atletas a nível de alto rendimento que vivem somente da prática esportiva", ressalta Ney.
Até o momento Buiú só tem trazido sorte para equipe de Cascavel, invicta na competição e classificada para as quartas de finais, os meninos seguem confiantes em busca do ouro.
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