Foto Gilvan de Souza/Flamengo
Nem o mais otimista torcedor poderia cravar: Fluminense e Palmeiras nas quartas de final do Mundial de Clubes, Botafogo e Flamengo fora. Dizem que voltaram no mesmo voo.
O Botafogo teve a infelicidade de encarar o Palmeiras nas oitavas e não resistiu. O lado positivo desse confronto é que, independentemente do resultado, um brasileiro avançaria — e o Alviverde, em um jogo pragmático, seguiu em frente.
Já o Flamengo não teve vida fácil: encarou um dos sérios candidatos ao título e sucumbiu. "Se é Bayern, é bom" foi o que mais se ouviu nas rodas de conversa e na internet. Em ritmo de treino, o time alemão amassou o Rubro-Negro — e digo isso nem tanto pelo resultado, mas pela postura. Jogou despreocupado e em nenhum momento se sentiu ameaçado pelo time da Gávea.
Ao novato e promissor treinador Filipe Luís faltaram humildade e planejamento tático. Colocou a equipe em campo operando no sistema "kamikaze", jogo de peito aberto, e desperdiçou a chance de fazer valer a fama de equipe mais forte do Brasil. Essa postura já levantou debate entre os diretores do clube. Faltou humildade a Filipe Luís, que quis impor o Flamengo numa prateleira bem acima da realidade. O resultado decepcionou sua imensa torcida. É, amigos... a bola pune!
O Flamengo, que prometeu muito e não entregou nada, volta para casa junto com o Botafogo — sem avançar um degrau sequer no mata-mata. Grande decepção brasileira no Mundial.
Vamos falar do Fluminense. Vamos falar da mão de um treinador. Renato Gaúcho teve a humildade de reconhecer a disparidade existente entre seu plantel e o do adversário: a badalada equipe italiana. Uma esquadra de respeito. Porém, humildemente, baixou a cabeça, abriu mão de regalias sociais e foi trabalhar. Estudou o adversário, olhou para seu grupo e vislumbrou a possibilidade de alcançar êxito — e alcançou. Em um jogo memorável, venceu a Inter pelo placar de 2 a 0 e está na prateleira dos grandes do futebol mundial. Se nada mais positivo acontecer, por méritos, já é a oitava equipe do mundo.
E o Palmeiras?
O Palmeiras é um misto de "excepcional" com "decepcional": ora se comporta como equipe de ponta, ora como equipe mediana. Assim tem sido no Mundial. Ao Abel está faltando equilíbrio emocional, e essa instabilidade acaba sendo transferida para o gramado. O Palmeiras ainda não fez uma exibição de gala no Mundial — tem sido um time pragmático e instável na sua formação.
Abel precisa parar de inventar e deixar sua equipe produzir resultados sólidos em campo, para figurar como um real candidato ao título. Sua equipe tem a oportunidade de se firmar de vez na competição frente ao Chelsea. Pois terá que jogar muita bola se quiser avançar à semifinal. Me arrisco a dizer: se passar pela equipe inglesa, o Verdão estará muito próximo da final!
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