Handebol feminino de Cascavel derrota o Maringá no clássico pela Liga Nacional

No final do jogo entre FAG/CAscavel e Maringá teve muita vibração, alegria e até emoção do técnico Neudi Zenatti, que tentou disfarçar, mas não conseguiu. 

Começamos a reportagem pelo fim, para entender o tamanho da pressão nas costas das jogadoras do time cascavelense. O jogo com Maringá, talvez o maior clássico da história do handebol feminino do Paraná, não tinha caráter eliminatório, longe disso, mas as donas da casa queria provar para si mesma que era possível vencer o time favorito, mesmo depois de tantas adversidades. E assim foi. O time FAG/Cascavel começou querendo mais o resultado. No entanto, Maringá, era valente e não deixava as adversárias abrirem vantagem. As defesas funcionaram mais que o ataque e o primeiro tempo terminou com diferença de uma bola, 10 a 9.

Depois do intervalo, Cascavel seguiu no ritmo alucinante. E o Maringá sentiu o golpe. Enquanto as representantes cascavelenses contavam com Ruiva em uma noite inspirada, o que já estamos acostumados, o Maringá errava nos arremessos e, como de costume, quando acertavam encontravam um paredão chamado Isa. A goleiro fez defesas incríveis. Com um parcial de 14 a 9, FAG/Cascavel venceu por 24 a 18. Sem nenhuma surpresa, Ruiva foi eleita a melhor em quadra.

Resultado é daqueles de lavar a alma, por vários motivos. Primeiro porque se trata de um clássico de muita rivalidade. Segundo porque o time cascavelense passa por dificuldades financeiras fora de quadra e mesmo assim se mantém muito competitivo.

Day, que chegou em Cascavel por cinco temporadas, foi humilde o bastante para reconhecer a superioridade das rivais e também falou sobre o sentimento de voltar a cidade, contra o ex-time. 

O técnico Biroto lamentou algumas ausências, mas não tirou o mérito de quem foi melhor na partida toda. 

Foi a terceira vitória das representantes de Cascavel na primeira fase da competição nacional. O próximo compromisso é contra o Pinheiros-SP, principal clube de handebol do Brasil, novamente dentro de casa.

Deivid Souza / Hora do Esporte