De gerações e motores: dupla inusitada une experiência e juventude na Copa Endurance em Cascavel

O Autódromo Zilmar Beux, em Cascavel (PR), é palco de uma cena que mistura gerações, histórias de pista e, claro, muita velocidade. Na preparação para a primeira prova da Copa Endurance — que vale pela segunda etapa da Turismo Nacional — o Peugeot 208 pilotado por Victor Manzini, de 17 anos, e Marcos Paioli, de 62, chamou atenção não só pelo desempenho, mas pela parceria improvável.

A dupla participou dos treinos extras da quinta-feira (22), encarando condições bem variadas: Paioli ainda conseguiu acelerar com a pista seca no primeiro treino, mas depois veio a chuva e ficou por ali mesmo o resto do dia. Mesmo assim, os dois deixaram o circuito com boas expectativas para os treinos livres desta sexta (23).

Victor, que corre na categoria B, está em sua segunda vez em Cascavel — a primeira ao volante do 208. E sentiu a diferença:

"O carro da etapa de Interlagos era um, esse é outro. Melhoramos bastante. Os pneus novos estão com muito mais aderência, o volante ficou bem mais pesado, e ainda colocamos direção elétrica. Está bem mais gostoso de guiar", contou, animado.

Já Marcos Paioli... perdeu as contas. Corre em Cascavel há mais de 35 anos e conhece cada curva. Com a experiência de quem tem quatro décadas de pista e três décadas chefiando sua própria equipe, ele aposta em evolução:

"Tem muito o que desenvolver ainda, mas acredito que o carro vai estar competitivo para sábado. Vamos trabalhar nisso."

Mas não é só a performance que chama atenção. O encontro entre os dois tem uma pitada de nostalgia — e muita história para contar. Paioli é amigo de longa data de Roberto Manzini, pai de Victor e chefe da Equipe Manzini.

"Vi o Victor nascer. Colocava ele neném, engatinhando, em cima da capota do meu carro de corrida. Agora ele é meu parceiro numa prova de longa duração aqui em Cascavel. É surreal! Estou feliz demais", contou, emocionado.

A Copa Endurance segue neste fim de semana com os olhos atentos à essa parceria que mostra que talento não tem idade — e que na pista, experiência e juventude podem correr lado a lado. Literalmente.

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