Foto: CATVE
Enquanto celebrava a conquista da classificação do FC Cascavel para a segunda fase da Copa do Brasil, o técnico Tcheco falou sobre a instalação de gramado sintético no futebol brasileiro. Enquanto lamentava a eliminação do América-MG na competição mais democrática do país, o técnico Willian Batista também comentou sobre a grama artificial. Aliás, foi treinador do Coelho quem tocou nesse assunto ao falar das dificuldades no confronto com a Serpente.
"Não é desculpa, mas é porque realmente muda muito do aquilo que a gente está acostumado, o gramado principalmente. Então em um jogo onde o adversário joga com bloco baixo, o tempo e o espaço que a gente tem entre linhas para atacar esse bloco baixo, o tempo que já é muito curto o gramado ruim desacelera ainda mais as jogadas e isso no final das contas favorece o adversário", disse Willian.
"Foge muito do nosso dia a dia. O nosso campo é rápido a gente joga em campos rápidos. Isso não é desculpa, mas realmente é uma variável (o campo ruim) que interfere muito no jogo. Uma coisa é atacar um bloco baixo com passes que duram um ou dois segundos e outra é precisar de cinco ou seis segundos. Se o jogo (contra o FC Cascavel) fosse no Estádio Independência (casa do América-MG) o cenário seria muito diferente para o nosso adversário".
O treinador do Coelho ainda completou: "Aí fica a discussão, o pessoal tem comentado muito sobre a grama sintética e a natural. Pelo espetáculo é claro que hoje seria muito melhor a grama sintética. O que vale mais, o espetáculo onde se joga rápido ou não? É uma análise profunda, não sou dono da verdade, não sei qual é o melhor para o nosso país, mas o espetáculo, que é o que os jogadores fazem em campo e a questão física deles também estão em jogo, não adianta a gente falar aqui que gramado sintético prejudica a questão física porque um gramado irregular (como do Estádio Olímpico de Cascavel) também aumenta a chance de uma torção, uma lesão no joelho, entre outras coisas".
Perguntado sobre a condição do gramado do Estádio Olímpico, Tcheco respondeu: "O campo não está bom do jeito que gostaríamos, mas também não está tão ruim assim, muito longe disso. Longe do gramado ser o maior culpado nesse aspecto (da derrota). Eu concordo plenamente que temos que precisa ter gramados bons, mas essa cobrança que ele (Willian Bastista) está falando tem que ser exigido da elite do futebol. Ele não vai entender por enquanto como é trabalhar nas equipes de uma Série C, Série D, principalmente. Dificuldades de patrocínio, de renda é muito grande. Não dá para exigir de um clube do patamar do FC Cascavel uma coisa primordial do futebol. Agora, times de Série A e Série B isso precisa ser exigido".
Com relação a instalação da grama sintética, Tcheco rebateu e disse que o órgão máximo não permite. "A questão o campo sintético, para mim descaracteriza totalmente o jogo e é um absurdo ter grama sintética em um país tropical. Isso foi colocado nos países que faz muito frio. Tanto é que a FIFA (Federação Internacional de Futebol), em Copa do Mundo ou competições (internacionais) de clubes não permite jogar em campo sintético. Se a maior entidade não permite, porque a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) vai permitir?!", concluiu o profissional.
Redação Catve.com
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