Longe de ser "majestoso", viu? - Por Craque Neto

Estive acompanhando atentamente a partida entre São Paulo e Corinthians pela sexta rodada do Paulistão. Participei inclusive da equipe de transmissão da Rádio Craque Neto (se inscreva!). Posso falar a verdade? Joguinho meia-boca, viu? Por mais que tenha tido de fato alguns lances perigosos para os dois lados - com os goleiros Cássio e Volpi se destacando bastante - é visível o baixo nível técnico da partida. Está bem sofrido ver esses caras jogar. É só marcação intensa, zero criatividade e pouquíssimos gols. Não se vê mais jogadas de efeito e nem um trabalho tático interessante. Nem de longe esse jogo é digo no apelido "Majestoso", criado pelo jornalista Tommaso Mazzoni, do jornal A Gazeta Esportiva, nos anos 1930. Aliás acredito que até um tempo atrás ainda era um duelo interessante e disputado. Hoje me parece uma "pelada" com grife tamanha a grossura dos caras. Vejam os casos dos atacantes que cansaram de perder gols. O Pablo teve uma chance na cara do gol. Perdeu! O Boselli também teve umas duas. Chutou fraco, sem qualidade. Irrita qualquer um que entende o mínimo de bola. Pra piorar os técnicos Fernando Diniz e Tiago Nunes, que toda a mídia "pinta" como os caras mais inovadores do futebol atual, não mexeram nada que merecesse destaque. Parece que se conformaram só em não perder. Atitude pequena para comandante de duas potências do futebol nacional. Aliás, talvez não à toa os dois vivam momentos bem conturbados em seus cargos. Muitos questionamentos sobre o futuro de ambos. Sou do tempo em que Majestoso era um clássico entre clubes que reuniam craques como Pita, Pedro Rocha, Silas, Raí, Müller, Careca, entre outros craques tricolores, contra gigantes corintianos como Sócrates, Casagrande, Marcelinho, Ricardinho e Edílson. E me perdoem os que não citei porque senão não caberia nesse post. Arrisco a dizer - me perdoem os mais otimistas - que talvez esse jogo de sábado tenha sido o pior Majestoso da história do ponto de vista técnico. Poucas vezes vi tanto cara ruim e/ou descomprometido dentro de campo. Os dirigentes precisam fazer algo. Não dá pra se contentar com isso.