Caso Seibert: Ex-vereador paga o preço de fazer e falar demais

"Vamos recorrer até o STJ se precisar", diz defesa do ex-parlamentar


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O ex-vereador de Cascavel, Mario Seibert, falou e fez tudo o que quis quando exercia o mandato parlamentar. Falava demais no plenário, em entrevistas, desafiava autoridades que o contrariavam e, agora, paga o preço no Judiciário. Esta semana ele foi condenado em primeira instância a devolver R$ 182.470,36, sobre o antigo caso da van que ele usava para transportar pacientes para atendimentos de saúde. Como ele usava assessores da Câmara como motoristas, a Justiça concordou com o Ministério Público de que a prática era eleitoreira e trouxe danos ao erário. Mesmo que estivesse revestida de boa intenção em ajudar doentes, a prática foi considerada improba. Além da fundamentação feita pela Promotoria que levou o juiz Eduardo Villa Coimbra Campos a decidir pela condenação, há um ingrediente implícito nessa história toda: Seibert também paga por ter desafiado Ministério Público e Judiciário. Em 2012, quando Seibert foi denunciado e uma liminar o impediu de continuar usando a van, ele subiu na tribuna da Câmara e fez duas críticas às autoridades, inclusive com palavras de baixo calão. Na sessão de 4 de junho de 2012, Seibert disse: "Não é Justiça, nem a imprensa que paga meu salário nessa merda da Câmara". Tempos antes, ele também já havia demonstrando desdém às denúncias que apareciam. Ele afirmou, à época, estar "cagando e andando" para os fatos denunciados contra ele. Seibert, assim como outros vereadores, também foi acusado e já condenado nas instâncias iniciais por manter funcionários fantasmas na Casa. Seibert está condenado, além da devolução do dinheiro, à proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais e também à suspensão dos direitos políticos por cinco anos. VAMOS RECORRER O advogado de defesa de Mario Seibert, Moacir Vozniak, discorda de decisão judicial. Ele considera que não houve prejuízo algum aos cofres públicos e que vai recorrer da decisão. "Ele não desviou dinheiro. Vou recorrer e tenho a esperança de reverter. Vamos até o STJ [Superior Tribunal Justiça] se precisar", afirma o advogado. O passo agora é subir o caso ao TJ (Tribunal de Justiça). Longe da vida pública, embora tenha cogitado um candidatura a vereador ano passado, Mário Seibert tem levado uma vida simples, segundo Vozniak. Ele diz que Seibert não tenho R$ 180 mil para devolver e está trabalhando como entregador em loja de móveis em Cascavel.

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