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Era sábado de março, outono de 1985, a cidade de Cascavel amanhecera com céu cinzento, frio, um vento cortante encontrava meu peito, com pouca roupa e sem blusa nenhuma. Estava eu, na Rua Paraná na esquina com Sete de Setembro, olhei um pouco abaixo, avistei na varanda de um hotel, uma movimentação intensa, homens, jovens rapazes, adolescentes e crianças, conversavam e riam copiosamente. Cheguei de mansinho por ali, espremido entre uma marquise e um pilar da entrada do hotel, encostei-me e fiquei ali como se parte daquela alegria eu fizesse. O papo era sobre bola, futebol; dali saia histórias do passado, presente e futuro, entre um papo e outro alguém disse: o jogo de amanhã é decisivo, se vencermos a equipe da Platinense garantimos nossa classificação.
E prosseguiu: Zico com a sua segurança no gol, Boni e Bosco repetindo as boas atuações de sempre, com Mossoró e Delcio abastecendo Serginho, Silvio e Odilon na frente, certamente venceremos com tranquilidade. Meu coração disparou naquele dia, sim, era verdade, encontrei concentrado no Hotel Plaza, toda a equipe do Cascavel Esporte Clube – A minha paixão!
Estava frente a frente com todas aquelas feras daquele forte time da serpente no qual eu só via na televisão e ouvia nas ondas do rádio. Que alegria!!! O Cascavel Esporte de Clube de 1985 era escalado com Zico, Jorge, Boni, Bosco, Dirceu, Nilton, Mossoró, Délcio, Serginho Jacaré e Odilon, para se ter uma ideia depois sai Zico e entra Maisena, sai Nilton e entra Oleúde José Ribeiro, ele mesmo, o Capitão da Portuguesa, São Paulo, Japão, depois de sua projeção por aqui.
Como era prazeroso aquele ambiente de futebol de outrora, na altura dos meus 12 anos era tudo que eu queria encontrar, apaixonado por este esporte, hoje me encontro decepcionado com os rumos que a bola tomou, aquela essência verdadeira do futebol acabou.
E ali eu me senti muito bem, porque além de poder ver e conhecer pessoalmente todos aqueles craques, também fiz amizade com três jovens garotos, estavam ali André Ricardo, Luiz Felipe e Carlos Eduardo (o Preto), todos Casagrande no sentido literal da palavra, expansivos e acolhedores, filhos do Tchê - Darci Casagrande e dona Zaira - a jararaca (risos) forma carinhosa pela qual os boleiros se referiam à mãe dos meninos, uma pessoa formidável!
Eu queria que aquele dia não acabasse nunca, de certa forma nunca se acabou, esses momentos estão imortalizados em minha memória como um dos dias mais felizes da minha vida!
Teve churrasco, como estava por ali, me convidaram a participar, sempre receptivos todos me trataram muito bem, e a partir deste dia fui desenvolvendo minha amizade com todos e fui introduzido no mundo do futebol, observando todas as vertentes desta envolvente e apaixonante modalidade. Desenvolvi uma amizade incrível com o Cado, Preto e Féli, os filhos do Tchê e abaixo retrato a bela trajetória de um dos seus filhos, prepare-se e desfrute da bela história de Preto Casagrande no futebol.
Perfil
Carlos Eduardo Casagrande, mais conhecido como Preto Casagrande nasceu na cidade de Cascavel, no dia 7 de maio de 1975, filho de Darci Tchê e Zaira Casagrande, e tem como irmãos, André Ricardo, Luiz Felipe e Maria Eduarda.
Preto sempre esteve envolvido com a bola, seu pai fora jogador do Ypiranga de Erechim (RS) e depois que parou de jogar seguiu como dirigente de futebol, sendo um dos responsáveis pela ascensão do futebol em Cascavel, inclusive do título de Campeão Paranaense de 1980, mais isso é assunto para outra matéria.
Envolvido com a bola
Preto vivia nos campos de futebol desde sua tenra idade, não se desgrudava de uma bola ele e seus irmãos André Ricardo e Luiz Felipe, cresceram apaixonados por bola, muitas vezes ele viaja com a delegação e era vítima de muitas brincadeiras, os jogadores se divertiam com ele, acompanhe este relato: “A delegação do Cascavel Esporte Clube voltava de Bandeirante, norte do estado do Paraná, onde a equipe foi disputar mais uma partida do estadual daquele ano, parou para jantar em Maringá, e o Preto ainda guri com 10 anos estava com a gente, e no restaurante ele sentou ao lado do Serginho Jacaré que gostava muito dele, e quando meu filho se descuidou o Serginho tirou a dentadura da boca e a mergulhou no copo de coca-cola do Preto, e quando o menino foi tomar um gole se desesperou ao sentir o barulho da perereca em sua boca (risos), foi uma gozação só, todo mundo rachou o bico dando risada (risos), e desta forma ele já foi pegando a malandragem do futebol, o Preto cresceu neste ambiente, fato que contribuiu muito para o êxito em sua carreira”
- Tchê Casagrande, pai do Preto.
André Ricardo, Batista ídolo colorado e Preto Casagrande
A luta – relato de Preto Casagrande
“A pedido do meu grande amigo Magela vou compartilhar um pouquinho da minha história dentro do futebol".
Comecei com 6 anos de idade numa peneira feita por um tal "Milton Barbosa". Jovem educador físico recém-chegado de Marechal Cândido Rondon e com expectativa de reunir uma garotada boa de bola e formar um time só no boca a boca.
Um primo meu Marlus Martins, me ligou num sábado à noite convidando pra ir pro Sérgio Mauro Festugatto (Ginásio de Esportes) no domingo. E nesta peneirada começava a caminhada do Preto (Carlos Eduardo Casagrande) no futebol. Foram quase 10 anos de parceria. Era colégio Cristo Rei e posteriormente Eucatur!
Inúmeros campeonatos, amistosos, torneios e muitas, mas muitas viagens com esses times! Galera massa, o que dizer do Marlus, Duca de Castro, Juca Belletti, Laudinho, Picollotto, Fábio Galas, Maurício, Paulinho Steffani, Itamar, Beto, Fabrício, entre outros, ambiente maravilhoso e de grande valia pra minha vida, tanto pessoal como no profissional.
Equipe da Eucatur Futsal - 89/90 – Uma máquina de fazer gols
Em uma dessas viagens, tinha amistoso contra o time de futsal do Vasco da Gama. (Miltão adorava viajar, tinha ônibus de graça e andamos quase o Brasil todo jogando futebol de salão), acabei me destacando e veio o convite para um teste. Eu já estava com 15 anos, mas nunca tinha jogado campo, nossa equipe era de futsal. Junto ao convite, a primeira viagem de avião. Os clubes gostam de enganar a gente no início (risos), depois vem a realidade!
Estava nas nuvens, indo com meu Pai, famoso Tchê Casagrande, para o Rio de Janeiro de avião, fazer teste no Vasco da Gama. Imaginei aí!
Chegamos num dia e já tinha um amistoso no outro. Contra um time de meninos de um orfanato, molecada boa demais. Entrei no jogo, meio deslocado, tinha jogado futebol de campo poucas vezes, mas minha estrela já começou a brilhar, fiz um gol e meu pai lá pra me emocionar mais ainda, foi inesquecível!
Tive muitas dificuldades de adaptação, tanto no futebol como na vida. Pensei em desistir tantas vezes. E no meio dessa angústia, recebi a primeira visita da minha mãe Dona Zaira, ela ficou apavorada com as condições da concentração, imagine, deixei para trás uma vida confortável e muito carinho da família e amigos em Cascavel. Ela não teve dúvidas, me levou embora pra casa. Disse que meu pai era louco em ter me deixado naquele lugar (risos), na verdade eu vibrei, não aguentava mais!

Voltei pra Cascavel e passei o resto do ano tentando um teste num lugar melhor, com melhores condições. Consegui o São Paulo, mas na época tinha "contrato de gaveta". Era obrigado a voltar pro Vasco. Bateu um certo desespero ter que voltar para lá, mas implorei para minha mãe, estava decidido, era o que eu queria, já estava totalmente envolvido e comprometido com o futebol, era meu sonho, meu chão, precisava tentar, ela precisava ceder e cedeu. Retornei no ano seguinte e a partir daí foram 5 anos, de luta, de choro, as vezes me desesperava com saudade da minha família, aí vinha mais um jogo, eu arrebentava daí amenizava minha angustia, foram muitos os dias tristes e poucos, bem poucos os dias felizes, mas não tinha jeito, estava decidido a vencer, sabia que papai do céu iria me honrar e o meu esforço não seria em vão!
Preto Casagrande comemora a vitória sobre o Internacional (3 gols na partida). Foto reprodução SporTv
Em 1994 fiz minha estreia no profissional, foram 3 gols no Maracanã contra o Internacional do meu pai e irmãos. Emoção inexplicável e indescritível.
Em 95 uma hepatite e a possibilidade de prematuramente encerrar minha carreira. Perdi praticamente o ano todo pra recuperar, fiquei um período em casa sob os cuidados da minha família, período que recebi muito apoio deles e dos meus amigos que diziam: Não desista, você vai realizar seu sonho! Em 1996, outro momento de muita reflexão, retornei ao Vasco e fui emprestado para o Olaria e a partir daí a construção dos meus sonhos!”
(Preto Casagrande)”.
Preto Casagrande em Salvador revivendo a goleada sobre o Inter de Porto Alegre. Foto reprodução SporTv
Nos Bastidores
A incerteza, o medo e a solidão sempre acompanham os milhares de jovens brasileiros que deixam seus lares precocemente e rumam aos clubes de todo País, em busca de seus sonhos, uns porque veem no futebol a única oportunidade de sair da extrema pobreza para garantir um futuro melhor para si e sua família, outros até vivem confortavelmente no seio familiar, mas o sonho de se tornar um jogador famoso, jogar em grandes clubes e na seleção, faz com que deixe tudo para trás e se arrisquem em busca de realizar-se. E Nesta segunda opção é que se enquadra esse herói, esse guerreiro e afirmo que para o Preto Casagrande deixar para trás outras oportunidades que uma família bem estruturada podia lhe oferecer, era bem mais difícil, avançar quando nada se tem torna-se a única saída.
Amigos de infância, futebol toda hora, o tempo todo!
Ele acreditou, foi em frente, lutou o bom combate e venceu, tornou-se um jogador famoso, próspero e vencedor, encerrou a carreira precocemente, mas foi um homem equilibrado, aplicou bem seus rendimentos e hoje aos 40 anos é um jovem empresário bem sucedido, comanda uma rede de 05 postos de combustíveis, sendo quatro em Salvador (Bahia) onde fixou residência e outro em Cascavel onde mora seus familiares.
Trajetória
Carlos Eduardo Casagrande começou no Vasco, em 1994, não se firmando por conta de ter contraído uma hepatite, justamente quando assumiu a titularidade, destacando-se, fazendo gols, inclusive rendendo convocação para a seleção brasileira sub 20, ficou parado quase um ano se recuperando e se transferiu para o Olaria em 1996.
A elegância de Preto Casagrande – Foto divulgação
Vitória BA
Quando Artuzinho assumiu o comando técnico do Vitória/BA em 1997, solicitou a contratação de Preto que chegou para atuar pelo rubro-negro baiano, atuando como cabeça de área, habilidoso, ótimo com as bolas nos pés, com uma visão de jogo apurado, bom passe e ótimo arremate foi destaque no bicampeonato nordestino, em 1997 e1999, e nos dois títulos estaduais nestes mesmos anos.
Vitória Esporte Clube - Campeão da Copa do Nordeste de 1999
Vitória de Guimarães - Portugal
Chamou a atenção de diversos clubes e foi contratado pelo Vitória de Guimarães, em 2000. Não permaneceu muito tempo em Portugal, percebeu-se neste período certo bairrismo, a preferência pelos jogadores de lá.
Bahia – BA
Preto retornou para o Brasil para defender o Bahia, arquirrival do clube que lhe projetara. No Tricolor de Aço, foi outra vez bicampeão da Copa do Nordeste e uma vez campeão baiano e levou a Bola de Prata em 2001 como o melhor volante do Campeonato Brasileiro daquele ano. Pode se dizer que por este feito Preto se transformara em Rei de Salvador, muito requisitado em todos os lugares públicos da cidade, nas ruas, shoppings, restaurantes a multidão se aglomeravam para abraçar, pedir autógrafos e tirar fotografia com ele, um frenesi incontrolável!
Preto Casagrande no Bahia – foto divulgação
Atlético Paranaense
Em 2002, após uma passagem pelo Atlético/PR, voltou ao Bahia para participar da campanha que rebaixaria o tricolor à Série B.
Santos Futebol Clube
Ainda supervalorizado, a pedido do técnico Wanderlei Luxemburgo compôs a equipe dos meninos da vila, com Diego, Robinho, Elano e Cia, atingiu o auge na sua carreira foi Campeão Brasileiro pelos Santos Futebol Clube vestindo a mística camisa 10.
SP - COPA SUL AMERICANA - ESPORTES - Preto Casagrande (E) e Zinho durante o jogo do Santos X Flamengo - Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro) - Santos (SP) - 15/09/2004 - Brasil - Djalma Vassão/Gazeta Press
Fluminense
Foi contratado pelo Fluminense, em 2005, para participar do Carioca, do qual foi campeão e do vice-campeonato da Copa do Brasil.
Após uma passagem pelo Fortaleza, retornou ao Leão para participar da promoção do time baiano à Série B, em 2006. Teve outro retorno no ano seguinte ao Bahia. Encerrou sua carreira de futebolista no Volta Redonda, em 2009 aos 34 anos. (fonte: Wikipédia).
Preto Casagrande – treino Fluminense – Agência/Fotocom.net
Os irmãos
Preto, o que falar desse meu irmão, que se eu disser que foi um pai pra mim, vou ser injusto com o Tchê, se eu disser que não foi, vou ser injusto com ele próprio. Pois bem, acredito que sempre norteou a vida da nossa família, sendo um cara batalhador, que sempre teve uma visão daquilo que queria pra ele e pra todos, e buscou isso incansavelmente, independente das condições que se apresentavam pra vida dele todo o momento. Chegar aonde ele chegou, é pra muito poucos. Alcançar o que ele tem hoje, pra menos gente ainda. Ter uma generosidade, um coração gigante como o dele, não conheço ninguém. Se juntar estas características, estaremos diante de um homem de bem, que sempre deu muito valor a família e ao trabalho dele, e que, se hoje é feliz, fez por merecer. Errar, assim como todo ser humano, teve seus erros, que, comparado aos acertos, se tornam insignificantes. Preto atleta: Pra resumir, se hoje não assisto muito mais futebol é por culpa dele. Ele me ensinou a ver o jogo com outros olhos. Antes, um torcedor fanático do PFC (Preto Futebol Clube), acordava e dormia pensando como foi seu treino, se ele machucou, se treinou bem, se jogou bem, se levou cartão....e ele ali, naquela elegância digna de Falcões, Beckembauers, atletas que jogavam com a cabeça erguida e o cérebro em movimento. Saudades. Se é exagero, pode até ser a opinião do leitor, mas pra mim, ele foi o cara, e eu tenho direito de achar isso.Hoje cansei, por que o melhor meio campo do mundo parou de jogar antes mesmo de eu mostrar para o meu filho. Foi triste. Sorte que temos youtube. Amém!
(Felipe Casagrande)
Preto Casagrande durante treino no Santos – Foto Fernando Satos/Folha imagem
Oh Gera, a trajetória do Preto você acompanhou desde pequeno né, ele sempre foi um cara muito dedicado, passou muitas dificuldades, começou na Eucatur Futsal com o Milton Barbosa que foi um cara que influenciou muito no início da sua carreira, a Eucatur foi uma escola pra vida dele. Depois passou pelo Vasco, nada foi fácil, ele sofreu, pagou o preço, ficou toda sua juventude afastada da família, longe da gente e o nosso papel foi apoiá-lo mesmo com o coração partido de não tê-lo por perto, mas agente se uniu e decidimos apoiá-lo em tudo. Graças a educação que nossos pais sempre nos passaram, aliado ao sonho de meu pai que sempre quis ter um jogador na família, a força da mãe nas orações e nos cuidados, apoiado por mim e pelo Feli, o Preto encontrou base forte para vencer e graças a Deus conseguiu, atingiu o auge no título brasileiro dos Santos em 2004 e preservou o sucesso que fez com as passagens pelo Vitória e Bahia sendo inúmeras vezes campeão nas duas equipes. Preto é o nosso orgulho!
(André Ricardo)
Zaira Casagrande com os seus três filhos, Cado, Féli e Preto
A mãe
O que tenho a dizer desse filho Geraldo, você acompanhou de perto minha dedicação e a do pai dele, a educação que sempre fomos atentos, a prioridade foi e é, rezar, ir a Santa Missa com nós pais, o Tchê um querido, ajudava em tudo, mas na hora de decidir ele dizia, fale com tua mãe (risos). O Preto sempre foi bom aluno, tudo que eu pude fazer para o melhor, eu fiz, e o resultado está aí, junto aos irmãos André Ricardo e Luis Felipe todos queridos, homens do bem, honestos, trabalhadores. O Carlos Eduardo, nosso Preto sempre nos ajuda, eu então, sem palavras, em todo o tempo, obrigado meu Deus!
(Zaira Casagrande).
Preto Casagrande na Seleção Brasileira Sub 20
O que Preto significa pra você Tchê?
Meu filho, meu amigo, meu parceiro, meu orgulho, tudo prá mim. Gera, só Deus sabe, quantas vezes chorei escondido de saudade, de medo, de alegria e de agradecimento. Fomos ousados, muitas vezes inconsequentes, imagine, permitir que um filho de 15 anos vá morar no Rio de Janeiro em busca de um sonho, sonho meu, sonho dele, sonho dos irmãos e também da mãe dele, todos nos arriscamos, mas graças ao bom Deus deu tudo certo. Eu queria que meus três filhos fossem jogadores, tá bom demais agradeço a Deus todos os dias por ter me permitido realizar esse sonho de ter pelo menos um filho jogador profissional. Obrigado meu Deus!
(Darci Tchê Casagrande).
Felipe, Preto, Tchê e Cado.
Preto Casagrande com seus filhos Rafael e Camila, bem maior!
É desta forma, que retrato com muito orgulho um pouco da belíssima trajetória do meu amigo Carlos Eduardo Casagrande, o Preto, um ser humano fantástico, sinônimo de força, perseverança e humildade, marcou sua geração e está registrado nos anais da história como alguém a ser seguido pelas futuras gerações. Preto Casagrande é muito mais que um jogador, é um exemplo!
Legenda: A escalação do Santos na última e decisiva partida dianta do Vasco da Gama em São José do Rio Preto foi a seguinte: Mauro; Paulo César, Ávalos, Leonardo e Léo; Fabinho, Preto Casagrande, Ricardinho e Elano (Marcinho); Robinho (Basílio) e Deivid (William). O técnico era Vanderlei Luxemburgo.
por Geraldo Magela