Ex-prefeito será ouvido pela CPI que apura assédio sexual em CMEI de Cascavel - Luiz Nardelli


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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada pela Câmara de Vereadores de Cascavel está chegando à fase final. A investigação apura as responsabilidades administrativas no caso de assédio sexual cometido por um agente de apoio em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) da cidade, ocorrido em 2019.

O objetivo da CPI não é mais investigar o autor do crime — que já foi condenado pela Justiça a 30 anos de reclusão —, mas sim entender por que houve uma demora de quase cinco anos para que ele fosse, de fato, exonerado do cargo público.

Apuração de Responsabilidades

Cerca de 40 pessoas já foram ouvidas pela Comissão até o momento. Entre os depoentes estão mães das crianças envolvidas, secretários e servidores da área da Educação. Agora, a CPI pretende ouvir o ex-prefeito Leonaldo Paranhos para esclarecer dúvidas relacionadas à condução do processo administrativo e à possível omissão por parte da gestão municipal da época.

Permanência em Sala de Aula

De acordo com os depoimentos colhidos, mesmo após a denúncia formalizada junto à Secretaria de Educação e à Controladoria do Município, o servidor permaneceu atuando normalmente em sala de aula. A CPI quer entender quem falhou ao permitir que o acusado continuasse trabalhando com crianças, mesmo com investigações em andamento.

Durante o período em que o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) esteve em tramitação na Prefeitura — por quase cinco anos — houve cerca de 18 prorrogações. Todas essas prorrogações teriam sido assinadas pelo então prefeito Paranhos, o que levanta questionamentos sobre a condução do caso dentro da administração municipal.

Oitiva de Paranhos

A data e o horário da oitiva do ex-prefeito ainda não foram oficialmente divulgados. No entanto, o vereador Everton Guimarães, presidente da Comissão, informou à imprensa que o depoimento de Paranhos deve ocorrer ainda na primeira quinzena de setembro.

A oitiva será crucial para que a CPI conclua seus trabalhos e aponte eventuais responsabilidades administrativas pela morosidade no afastamento do servidor condenado.

texto Luiz Nardelli

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