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A crise na saúde chegou de ônibus: Thiago Stefanello fica?


A crise política na saúde de Cascavel passou nas catracas dos ônibus do transporte público e pode custar trocas de cargos. A decisão de liberar o transporte público para todos veio na mesma semana em que o secretário de Saúde, Thiago Stefanello, veio à público para alertar que é um dos momentos cruciais para o isolamento porque o pico da curva está chegando. "Precisamos nos unir para enfrentarmos os próximos 15 dias, que infelizmente aumentarão e muito as internações hospitalares, em especial as UTIs, por conta da presença das síndromas respiratórios graves", disse Thiago há dois dias. Interlocutores informaram ao blog que o retorno dos ônibus foi debatido em uma subcomissão do COE (Comitê de Operações de Emergência) e Stefanello foi chamado apenas para assinar o decreto: uma versão menos constrangedora do que vimos com o ex-ministro Nelton Teich, sobre a abertura de academias, barbearias e salões de beleza. MISSÃO CUMPRIDA No meio político, já se sabe que com a entrega do Hospital de Retaguarda - antigo Hospital Santa Catarina - prevista para esta segunda-feira (18), ele terá cumprido seus três compromissos quando decidiu ser secretário de Saúde de Cascavel: efetivar o Comboio da Saúde, implantar o PAI (Programa de Atendimento Imediato) e abrir o Hospital de Retaguarda, que na época da nomeação nem tinha esse nome. Com esse cenário de missão cumprida de Stefanello, a contradição pública de liberar o transporte na semana , inclusive com idosos - o público mais vulnerável - podendo circular usando a gratuidade, nota-se nos bastidores a sondagem de troca no nome do secretário de Saúde. Enquanto Thiago têm sido ponderado, pedido cuidado e manutenção das restrições por mais um tempo, surge a luz de que um novo secretário poderia concordar mais facilmente com a volta geral, inclusive nas escolas. Nomes, talvez ainda seja prematuro apontar, mas já têm profissionais da saúde do meio político e com perfil mais liberal de olho na vaga de Thiago Stefanello. CONTRADIÇÕES O cinto apertado demais, visto como excessivo no início da pandemia, agora está com todos os botões abertos. Logo agora! A esperança, ou inocência do Executivo, é a de que a fiscalização vai funcionar, que haverá apenas 50% de lotação e que isso será garantido com mais ônibus circulando - hoje, menos da metade está rodando. E como 92% do comércio está aberto, essas pessoas precisam do transporte para trabalhar. A Cettrans aposta na mudança de comportamento do usuário e no exemplo de outras cidades, que não houve lotação. Isso não apaga os vários flagrantes de superlotação em várias linhas coletivos. Mas o fato é que o boletim divulgado sábado (16), mostra a pior aceleração de casos e, segundo a matriz de risco, Cascavel está na fase de risco alto de contaminação e no momento de continuar a manter o distanciamento. A pergunta que se faz é: com todas essas contradições, Thiago fica? E o povo, como fica?

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