Em uma sentença de exatas 460 páginas, a Justiça Criminal condenou 12 pessoas por crimes de corrupção descobertos na Operação Quadro Negro. Um esquema que, segundo as denúncias, geraram um rombo de R$18.082.106,32. Entre os condenados estão o ex-diretor do Departamento de Obras da Secretaria de Estado da Educação, Maurício Fanini, e o proprietário da construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza. O esquema, segundo os autos, envolveu 10 licitações em obras de colégios estaduais entre 2012 e 2014. Os dois tiveram as maiores penas aplicadas pela Justiça: Fanini foi condenado a 69 anos, e pagamento de multa de R$ 480 mil. Eduardo Lopes de Souza foi condenado a 79 anos de prisão e multa de R$ 540 mil de. A operação Quadro Negro teve início com as investigações conduzidas pelo Nurce (Núcleo de Repressão aos Crimes Econômicos) da Polícia Civil do Paraná, que recebeu notícias de irregularidades em procedimentos licitatórios e contratos administrativos envolvendo a empresa Valor Construtora de Obras e Serviços Ltda e a Secretaria da Educação do Paraná. Segundo os autos, as investigações identificaram indícios de um esquema criminoso na Seed, envolvendo o diretor, Maurício Fanini e os engenheiros civis ligados à atividade de fiscalização de obras daquele departamento. Um dos réus do mesmo processo é Juliano Borghetti, irmão da ex-governadora, contudo, não há condenação contra ele. O processo contra ele foi desmembrado e ele será julgado em separado. Para todos os réus, cabe recurso. A defesa de Fanini afirmou que reconhece a validade e a efetividade da colaboração, aplicando integralmente os termos do acordo. Maurício continuará cooperando com a Justiça de modo amplo e irrestrito". A defesa do proprietário da Valor, Eduardo Lopes de Souza, não quis comentar a decisão.