A condenação por compra de voto contra o ex-vereador Ganso Sem Limite (PSD) e sua esposa, Viviane Cristina Oliveira Machado foi mantida pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná. Hoje (27), Ganso e Viviane foram notificados no Fórum Eleitoral em uma audiência admonitória. Isso é, quando o caso já está transitado em julgado, o juiz lê a condenação ao réu advertindo-o das consequências de nova infração penal. Eles foram condenados por furar a fila do SUS, facilitando a consulta de pacientes com o intuito de angariar votos e agora estão os direitos políticos suspensos por oito anos. A decisão informada hoje aos réus é a que mantém o acórdão do TRE que condena Ganso e Viviane. Os juízes do TRE negaram recurso de defesa que alegou prescrição do crime, pois entre a denúncia e a condenação passaram-se quatro anos. "Os recorrentes foram condenados por crimes praticados no ano de 2012, o que impõe a aplicação da Lei nº 12.234/2010 que proíbe a prescrição retroativa pré-processual. Assim, não extrapolado o lapso temporal de quatro anos entre a data do recebimento da denúncia e a da sentença, não se reconhece a prescrição". O acórdão diz ainda que há depoimentos testemunhais e prova de ligações telefônicas que comprovam a prática de crime de corrupção eleitoral ativa pelo casal [...] consubstanciada no ato de providenciar consultas médicas, desrespeitando a fila do órgão de saúde da cidade. Ganso diz em sua defesa que foi condenado injustamente e que amanhã pedirá exoneração do cargo de assessor parlamentar no gabinete do vereador Jorge Bocasanta (Pros). "Fui condenado injustamente por causa de uma pessoa que nem atendi. Amanhã vou pedir exoneração e vou ver o que faço da minha vida ano que vem".

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