Foto: Reprodução/Câmeras de monitoramento
A mulher do homem que chutou um cachorro no bairro Cascavel Velho esclareceu o caso em entrevista inédita ao Portal Catve.com neste domingo (19). As imagens acima foram borradas e o som distorcido, porque a fonte pediu para não ser identificada.
Contexto: imagens das câmeras de monitoramento mostram o momento em que o suspeito agride o cão preso na coleira. O vídeo mostra que o animal chega a uivar de dor na noite da última quinta-feira (16). O homem foi preso por policiais civis e encaminhado à delegacia. |
Pontos destacados pela mulher na entrevista:
Na gravação, a mulher afirma que não presenciou o crime de maus-tratos aos animais, mas um outro filho do casal presenciou o momento. A criança é quem relata os momentos antes do animal ser agredido.
Segundo ela, o homem e dois filhos foram até um estabelecimento comercial comprar refrigerante. Na volta, o cachorro tentou atacar uma das crianças por duas vezes, mas não conseguiu.
Eles chegaram em casa. O pai ficou na parte interna do imóvel.
Momentos depois, o cão ataca o filho, que teve sangramento no joelho. Logo em seguida, o suspeito saiu correndo e chutou o animal preso pela coleira.
(As imagens acima exibem as lesões sofridas pela criança em decorrência do ataque - Foto: Arquivo Pessoal).
Segundo a esposa do agressor, ele "perdeu a cabeça" em um momento de desespero por acreditar que o filho estivesse em estado grave, considerando que a criança sofre de hemofilia grave e corria o risco de sofrer hemorragia interna.
A mulher disse, ainda, que, por outro lado, entende a revolta entre os internautas, mas pede para que as páginas da internet e as pessoas, de modo geral, parem de disparar comentários com conteúdo violento contra a família.
"Eu achei isso muito injusto com a gente, com os nossos filhos. Eles já viram o pai sendo preso. Eu venho pedir desculpas também, porque a gente não é a favor de maltratarem os animais", afirma.
Segundo a mulher, o filho atacado sofre de hemofilia grave
A hemofilia grave é uma forma severa de um distúrbio de coagulação do sangue caracterizado pela deficiência ou ausência de fatores específicos de coagulação. Essa condição genética faz com que o sangue não coagule adequadamente, resultando em sangramentos prolongados ou espontâneos, mesmo sem ferimentos aparentes.
Os médicos já orientaram os pais a encaminhar os filhos ao hospital imediatamente caso eles sofram algum tombo ou percam sangue, evitando que o quadro clínico das crianças tenha complicações graves. A imagem abaixo exibe o diagnóstico enviado pela mulher ao Portal Catve.com.
Segundo o diagnóstico, a criança foi diagnosticada com hemofilia A grave, uma condição genética que impede o sangue de coagular normalmente. Essa condição se manifestou desde o nascimento, com o paciente apresentando hematomas e sangramentos frequentes.
Para controlar esses episódios, foi iniciado um tratamento preventivo desde os dois anos de idade. No entanto, o paciente desenvolveu anticorpos que dificultavam o tratamento. Após um período de tratamento para eliminar os anticorpos, o paciente obteve sucesso e, atualmente, está com o tratamento controlado.
Redação Catve.com
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