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Diferença de preços entre ovos brancos e vermelhos é a menor do ano

A oscilação diminuiu pelo quarto mês consecutivo


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Foto: Reprodução/Pixabay

A diferença entre os preços dos ovos tipo extra brancos e vermelhos, negociados em Bastos (SP), vem diminuindo pelo quarto mês consecutivo, para os menores patamares desde janeiro deste ano - vale lembrar que, em abril, a diferença havia sido a maior da série histórica do Cepea.

Segundo pesquisadores deste centro, essa redução reflete o aumento da oferta desses produtos nos últimos meses. Com a maior disponibilidade, compradores se mostram resistentes em pagar valores superiores pelo ovo vermelho, geralmente mais caro que o branco.

Quanto à produção, dados preliminares divulgados pelo IBGE, compilados e analisados pelo Cepea, mostram que alcançou 1,15 bilhão de dúzias de ovos de galinha no segundo trimestre de 2024, volume 9,1% maior que o do mesmo período de 2023 e 5% acima do registrado no primeiro trimestre deste ano.

Milho

Apesar das novas estimativas indicando produções brasileira (2023/24) e global (2024/25) inferiores às da atual temporada, os preços do milho seguiram em queda na última semana.

Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da demanda interna enfraquecida, que mantém os negócios lentos. Consumidores brasileiros utilizam a mercadoria adquirida antecipadamente, comprando novos lotes apenas de forma pontual.

Vendedores, por sua vez, adotam posturas distintas, dependendo da demanda e oferta regionais, ainda conforme pesquisadores do Cepea. Enquanto em Mato Grosso, produtores estão mais flexíveis, diante da maior disponibilidade, em São Paulo, agentes limitam as vendas, à espera da finalização da colheita.

Soja

Os preços futuros do complexo soja caíram fortemente na última semana, retornando aos patamares observados em 2020. A soja em grão voltou a ser negociada abaixo dos US$ 10,00/bushel, o que, consequentemente, reduziu a paridade de exportação no Brasil e também os valores praticados no mercado spot.

Segundo pesquisadores do Cepea, expectativas de que a oferta mundial possa superar a demanda foram o principal fator de pressão sobre as cotações. De acordo com relatório do USDA divulgado em 12 de agosto, a produção global da oleaginosa deve passar de 395,12 milhões de toneladas na safra 2023/24, para 428,72 milhões de toneladas em 2024/25, ambos volumes recordes.

Embora as transações internacionais e o consumo global apontem crescimento, os estoques de passagem também podem ser recordes, estimados em 134,3 milhões de toneladas para 2024/25, quantidade 19,5% superior às 112,36 milhões de toneladas na temporada 2023/24.

Trigo

Agentes de indústrias têm dado maior atenção às importações de trigo, que, na parcial de 2024, já são praticamente iguais às de todo o ano de 2023. Segundo pesquisadores do Cepea, além da forte recuperação dos preços internos do cereal, impulsionados pelas menores produção e qualidade do trigo na safra colhida em 2023 e pelos bons volumes de exportações especialmente em 2024, estimativas da Conab apontam que os estoques finais em julho/24 devem ser suficientes para menos de três semanas de consumo.

Nos sete primeiros meses do ano, as importações brasileiras passam de quatro milhões de toneladas, contra 4,2 milhões em todo o ano de 2023. Em 12 meses, chegaram aos portos nacionais 5,7 milhões de toneladas de trigo, sendo o maior volume acumulado a cada 12 meses desde dezembro/22 - dados Secex.


Cepea

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