Imagem: Reprodução/Instagram @franciscus
Com a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira (21), fiéis de todo o mundo ficaram em luto, e junto da comoção, surgiu uma curiosidade: afinal, o Papa recebia salário?
A resposta é não. Mesmo sendo chefe do Vaticano e maior autoridade da Igreja Católica, Francisco não recebia pagamento fixo. Em 2023, ele explicou, no documentário Amém: Perguntando ao Papa, que sua rotina era simples: "Quando preciso de dinheiro para comprar sapatos ou algo assim, eu peço. Não tenho um salário, mas não me preocupo com isso, pois sei que vou ser alimentado de graça", disse, em tom descontraído.
Essa postura acompanha o voto de pobreza feito por Francisco ao entrar na Companhia de Jesus, e segue uma tradição da Santa Sé — nenhum Papa tem salário oficial. Moradia, alimentação e necessidades básicas são totalmente cobertas pelo Vaticano. Ele também era responsável por administrar recursos usados em ações de caridade ao redor do mundo.
E o que acontece com os bens dele?
Assim como qualquer cidadão, o Papa pode deixar herança — mas só dos bens que adquiriu fora da vida religiosa. Esses bens não vão automaticamente para a Igreja, a não ser que ele tenha deixado um testamento com essa indicação.
Se ele não tiver pais, irmãos ou outro herdeiro direto, e não deixar testamento, o patrimônio pode ser considerado vacante e transferido ao Estado, seguindo as leis do país de origem.
Próximos passos
Com a morte de Francisco, começa o período de Sé Vacante, que dura de 15 a 20 dias. Durante esse tempo, o comando temporário da Igreja fica com o camerlengo, que confirma a morte, lacra o apartamento papal e destrói o Anel do Pescador — símbolo do fim de um pontificado. Em seguida, os cardeais se reúnem em conclave para escolher o novo Papa.
Igor Vieira sob a supervisão de Alexandra Oliveira | Catve.com
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