Covid-19

COE alerta: dados apontam pior cenário epidemiológico desde o início da pandemia

Entre 16 a 22 de janeiro, apresentou 5.539 casos suspeitos, com 2.439 confirmações


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Foto: Assessoria

Os dados apresentados na reunião do Centro de Operações Especiais (COE) desta terça-feira (25) mostram o pior momento epidemiológico da pandemia de coronavírus. A semana epidemiológica (SE03), entre 16 a 22 de janeiro, apresentou 5.539 casos suspeitos, com 2.439 confirmações. Realizado de forma virtual, o encontro tratou sobre os novos pontos de atendimento para sintomáticos, a sobrecarga do sistema de saúde e os impactos do atual cenário da COVID-19 em Toledo.

O alto número de notificações - 5.539 pessoas - aponta para aproximadamente 15 mil munícipes em isolamento, ou seja, 10% da população toledana. "Isso representa queda na prestação de serviços, na produção industrial e em toda a cadeia produtiva", disse o diretor-geral da Secretaria de Saúde e responsável pela apresentação dos dados aos integrantes do COE, Fernando Pedrotti. "Isso se reflete também nos trabalhadores da saúde. Hoje o quadro funcional da Secretaria [de Saúde] tem cerca de 1100 servidores municipais, e temos mais de 100 cumprindo isolamento, alguns por sintomas, outros por ter algum familiar com suspeita ou infecção por coronavírus", destaca.

Soma-se a estas baixas, segundo Fernando Pedrotti, o momento de maior demanda de saúde da história do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. "Atinge o sistema de ponta a ponta. Desde o primeiro atendimento nas unidades para sintomáticos, no setor de epidemiologia, nas coletas de exames. Isso tem desdobres na Unidade de Pronto Atendimento [UPA/Vila Becker], pois as urgências e emergências de outras patologias seguem todas para lá", expõe. "Além destes setores, a Atenção Primária é comprometida, pois duas unidades básicas de saúde (UBS’s) se tornaram locais exclusivos para sintomáticos (Panorama e Cosmos), e duas no interior que já precisamos interromper os atendimentos", frisa.

Aumento de casos - A grande preocupação em relação aos aumentos dos casos, mesmo com a COVID-19 apresentando quadros mais leves dos pacientes infectados em relação aos outros momentos da pandemia, é a possibilidade de novas situações de evolução para pacientes graves. "A relação é clara. Quanto maior o número confirmações de infecção, maior a possibilidade de surgirem quadros mais graves da doença", aponta Pedrotti.

Outro fator destacado é que a pessoa sintomática precisa esperar 1 mês para tomar a vacina, seja a primeira, segunda ou terceira dose, ou a pediátrica. "Quem apresentou infecção por coronavírus, precisa aguardar esse período para tomar sua dose. Isso retarda o avanço da cobertura vacinal também", comenta.

Conscientização - Durante o encontro, diversos integrantes do COE relataram a falta de conscientização das pessoas em relação ao momento atual da pandemia. O descaso com os cuidados básicos, como uso correto da máscara, assepsia de mãos e o distanciamento social poderiam contribuir com uma menor circulação viral, porém não é o comportamento adotado por parte da população. "Muitas pessoas estão cansadas da pandemia, de ouvir as orientações e acolher os cuidados. Tivemos uma resposta muito boa em relação à vacinação e neste momento, talvez pelos casos se apresentarem com menos gravidade, a sociedade tem se mostrado um pouco menos zelosa em relação às barreiras sugeridas pelos órgãos de saúde", cita o integrante do COE e diretor de Jornalismo da Prefeitura de Toledo, Ricardo Morante.

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